O gol é a joia do futebol. No Brasil ninguém sabe produzir essas preciosidades como o Coritiba, principalmente no Couto Pereira. Com o 2 a 0 aplicado sobre o Grêmio, neste domingo, o Coxa chegou a 131 gols na temporada. Se sobram bolas nas redes para os paranaenses, elas faltam ao time gaúcho, autor de somente nove tentos como visitante no Campeonato Brasileiro. A força ofensiva fez a diferença na 28ª rodada da competição.
A ausência de Douglas foi sentida pelo Tricolor. A criatividade do time desapareceu, as chances rarearam e o Coritiba se aproveitou. Com 14 minutos de jogo, Marcos Aurélio abriu o placar, após o chute de Léo Gago tocar em Victor e explodir na trave.
No fim da etapa final, os visitantes perderam o centroavante Brandão, lesionado. O técnico Celso Roth colocou em campo o volante Adilson e a força ofensiva desapareceu. Sem fazer muita força, o Coxa ampliou com Jéci, no segundo tempo.
A campanha dentro de casa mantém as esperanças do Coritiba alcançar uma vaga à Libertadores. Atingindo os 40 pontos, 75% deles conquistados como mandante, a equipe do técnico Marcelo Oliveira fica a quatro de distância do Fluminense, última equipe dentro do grupo dos que possuem uma vaga ao próximo torneio continental.
O domingo será dia de secar Inter e Palmeiras, além de torcer por um empate no Fla-Flu. Agora 10º colocado, o Tricolor estagnou nos 39 pontos e teve desmanchada uma série de três vitórias consecutivas. No meio de semana, o Coritiba enfrenta o Fluminense, no Rio de Janeiro. O Grêmio tentará a recuperação diante do Figueirense, em casa.
O jogo – Ninguém conseguiu ir mais às redes em 2011 no futebol brasileiro que o Coritiba. O Grêmio vai no sentindo oposto, mostrando dificuldades imensas para vazar as defesas adversárias. A característica das equipes fez a diferença no Couto Pereira.
Mesmo que fosse visitante, os gaúchos encararam o caseiro Coxa. Inversão de lado, lances em velocidade, passes em profundidades, a variação de jogadas dos gremistas mexia com a defesa do oponente. Em jogada combinada, Mário Fernandes chutou para fora.
Chutar de longe era a arma do Coritiba. Com dificuldades para ingressar na área, os arremates de fora era o modo de incomodar os gremistas. Mais do que isso. Em um deles, Léo Gago acertou a trave e, no rebote, Marcos Aurélio tocou para as redes, aos 14 minutos.
O lance desmoronou o time de Celso Roth e fez os paranaenses começaram a dominar. Tcheco e Bill, de voleio, arriscaram sem sucesso.
Se ofensivamente ainda falta muito para o Tricolor, a situação piorou aos 34 minutos. Uma lesão na virilha obrigou o centroavante Brandão a ser substituído pelo volante Adilson. O comando ofensivo ficou a cargo de Diego Clementino, que não marcou nenhum gol na temporada.
Não funcionou. No intervalo Clementino saiu para o ingresso do jovem Yuri Mamute, de 16 anos. As trocas não funcionaram. A força ofensiva do Grêmio ficava cada vez menor com o passar do tempo.
Dominando e controlando o jogo, o Coritiba não conseguia matar a partida. O excesso de passes laterais tornou o time lento e o confronto sem emoção. Os ânimos esquentaram, aos 27 minutos, com Marquinhos, do Grêmio, acertando um soco em Jonas, mas nada foi assinalado para a arbitragem.
O revide do Coxa veio em uma cabeçada de Jéci na bola. Após escanteio cobrado por Tcheco, o zagueiro testou, aos 29 minutos, decidindo a partida.