Quase teve festa no Olímpico, nesta quarta-feira. O que teve de verdade foi um Atlético-MG que se negou a se entregar, terminando com qualquer festejo do Grêmio na 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Um gol de Leonardo Silva, aos 43 minutos do segundo tempo, fez a vitória tricolor escapar e a noite terminar com vaias da torcida. O empate por 2 a 2 se tornou insuficiente para melhorar a situação dos dois clubes na competição.
Os gaúchos sobem, momentaneamente, para o 15º lugar, com 14 pontos, um a acima da zona de rebaixamento. Os mineiros ascendem à 13ª colocação, com 15 pontos.
O Grêmio mostrava a necessidade de ter mais vontade em campo, mas o que ajudou o time foram os lances de bom futebol. Leandro entrou no segundo tempo para avivar o jogo. Foi dele o primeiro gol, aos 5 minutos. Sessenta segundos depois, André empatou.
A insistência gremista resultou em pênalti em Mário Fernandes, aos 34. A cobrança perfeita de Fábio Rochemback deixou o Tricolor a poucos minutos da vitória. Ela parecia certa. Lúcio salvou em cima da linha, Victor defendeu duas vezes. A sensação no estádio era que nada mudaria o resultado. Ela não se confirmou. De cabeça, Leonardo Silva empatou o jogo a dois minutos do fim do tempo regulamentar.
Na próxima rodada, o Grêmio vai enfrentar o Palmeiras, em São Paulo. Após dois jogos como visitante, o Atlético-MG voltará a atuar em casa diante do Figueirense.
O jogo – Uma defesa foi o ponto alto do primeiro tempo. Ela não foi nem do goleiro gremista Victor, nem do atleticano Giovanni. Aos 18 minutos, Rafael Marques salvou gol certo do Atlético-MG. Após inversão de bola de Eron, Patric ingressou na área, passou pelo camisa 1 tricolor e bateu de esquerda. Bem posicionado, o defensor salvou com um peixinho em cima da linha, afastando de cabeça.
O alívio da bola não ter entrado foi o sentimento mais animado dos torcedores presentes no gélido Olímpico. De resto, a torcida mostrou impaciência, irritação, não poupando os jogadores de ouvirem vaias a cada erro cometido.
Em um confronto com poucas vitórias individuais, o Galo conseguiu as melhores oportunidades. Além do lance de Patric, Magno Alves arriscou da entrada da área e quase marcou. Para o Grêmio, um chute cruzado de Mário Fernandes foi o mais próximo de marcar que o time chegou.
Único armador em campo no lado gaúcho, Escudero se comportava mais como atacante, recuando pouco para criar as jogadas, obrigando o avanço dos volantes. Esse adiantamento rendeu espaços entre o meio e a defesa, possibilitando aos visitantes maior facilidade para rondar a área adversária.
O Grêmio saiu do vestiário para o segundo tempo com outra postura. De três volantes, passou a ter três atacantes, com Leandro substituindo Adilson. O ímpeto do garoto da base gremista fez o time passar os cinco minutos iniciais no campo do oponente e após receber de Escudero, Leandro passou o pé sobre a bola e bateu para marcar. Festa no Olímpico. Ela durou pouco. Pouco mesmo. Um minuto depois, André chutou para voltar a dar a igualdade no placar.
O desenho em campo passou a ter a insistência gremista contra a resistência mineira. Em lance dentro da área, Leandro acertou o rosto de Eron com a mão. O lateral do Atlético teve de ser substituído devido a grande quantidade de sangue que saia do local atingido.
Após quatro minutos paralisado, o confronto entrou em monotonia. Ela foi quebrada por uma envolvente troca de passes que achou Mário Fernandes. O defensor do Grêmio foi derrubado por Giovanni Augusto, aos 34 minutos. Fábio Rochemback bateu o pênalti com firmeza no canto e voltou a deixar o Olímpico em festa.
E ela quase foi desfeita um minuto depois do gol. Dessa vez, Lúcio apareceu para salvar de carrinho antes que a bola cruzasse a linha do gol em chute de Neto Berola. No escanteio, Victor espalmou cabeçada. O goleiro salvou outra vez em novo chute do atacante. Mas a festa acabou aos 43 minutos, em cabeçada de Leonardo Silva. A noite não era para ter festa no Olímpico.