No dia 9 de junho de 2013, quando preparava a Seleção Brasileira para a disputa da Copa do Mundo, o técnico Luiz Felipe Scolari esteve, pela primeira vez, trabalhando na Arena do Grêmio. Com um bom futebol, a representação verde e amarela triunfou sobre a França, por 3 a 0. Neste domingo, o gaúcho voltou ao moderno domínio tricolor, para dirigir o clube de Porto Alegre, diante do Criciúma, e saiu vitorioso, pelo placar de 2 a 0, em partida válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, conquistado com gols dos jovens Luan e Lucas Coelho, um em cada etapa, os mandantes encerraram um jejum que já durava três jogos, e chegaram aos 22 pontos. Por sua vez, a representação carvoeira chega à marca negativa de cinco jogos sem vitórias, estacionada nos 16 somados.
O próximo compromisso da equipe imortal será nesta quinta-feira (21), às 20h30 (de Brasília), diante do Cruzeiro, no Mineirão. Já os carvoeiros voltam a campo um dia antes, às 21 horas, para enfrentarem o Bahia, na Arena Fonte Nova.
Grêmio sai na frente, mas não convence
Para recuperar a ‘alma tricolor’, tão citada durante a semana de trabalho, o técnico Luiz Felipe Scolari apresentou novidades na alteração gaúcha. O experiente meia Zé Roberto, camisa 10 da equipe, foi improvisado como lateral-esquerdo. Para substituir Barcos, Lucas Coelho foi efetivado, e recebia o apoio de Luan, que também teve a tarefa de recompor a defesa, pelo lado direito, e auxiliar Dudu na armação de jogadas.
Assim, logo aos dez minutos, o clube de Porto Alegre foi às redes. Dudu dominou no meio-campo e, com calma para pensar o jogo, encontrou Lucas Coelho na área. O centroavante dominou e levou um pontapé de Gualberto, que o árbitro Wilton Pereira Sampaio, corretamente, entendeu como pênalti. Na cobrança, com personalidade, Luan não se intimidou com a pressão de Luiz e concluiu forte, no canto superior direito do goleiro, que nada pôde fazer.
Em desvantagem, o Criciúma apostava nas descidas do veloz Silvinho pela ponta esquerda. Entretanto, a forte marcação, imposta pela presença de três volantes (Fellipe Bastos, Ramiro e Riveros), impedia as penetrações carvoeiras. Motivo que fez o camisa 10 Paulo Baier uma peça nula durante os 45 minutos iniciais. Nem mesmo nas cobranças de falta o veterano levou perigo.
Assim, a primeira etapa se encaminhou monótona, com baixo grau de emoção. O grande destaque ficou a cargo de Fellipe Bastos, que mostrou versatilidade ao encaixar bons passes e realizar uma forte marcação sobre os adversários.
‘Sombra de Barcos’ marca, fecha o marcador e sai aplaudido
Aos moldes do primeiro tempo, o Grêmio foi às redes logo no início. Aos três minutos, Fellipe Bastos roubou a bola no campo de ataque e serviu Lucas Coelho. O jovem centroavante poderia acionar Riveros, livre, mas preferiu prosseguir com a bola e arriscar o chute. Certeiro, mandou no canto direito de Luiz, que se esticou em vão.
Em desvantagem, o Tigre esboçou boas chances. Com 11 jogados, em cobrança de falta, João Vítor concluiu no ângulo esquerdo, mas viu Marcelo Grohe se esticar para praticar uma belíssima defesa. No ataque seguinte, Giovanni recebeu na ponta esquerda e chutou forte. No rebote do goleiro tricolor, Gustavo, livre na área, chutou por cima do travessão.
Mesmo revigorando seu setor ofensivo, promovendo as entradas de Ronaldo Mendes, Danilo Alves e Wellington Bruno – o último, substituindo Paulo Baier –, o clube visitante não balançou as redes na Arena Grêmio. Controlando as ações, Felipão preservou o participativo Fellipe Bastos, que saiu de campo mancando, e ainda deu chance ao jovem centroavante Ronan, de 1,95m, que mostrou vontade e vigor físico durante investidas pela ponta esquerda.
Nos acréscimos, ainda houve tempo para o terceiro. Matías Rodríguez invadiu a área e cruzou rasteiro. Livre de marcação e com o gol escancarado, o ex-colorado Giuliano concluiu à esquerda de Luiz.