Há uma semana para a abertura, os 11 clubes – o REC desistiu do torneio na última quinta-feira – que vão disputar o Campeonato Mato-grossense deste ano podem preparar o bolso. Ou melhor, levar o máximo de público possível em jogos na Arena Pantanal para que arrecadação seja a contento. Isso porque está em fase final um estudo feito pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que tem por objetivo analisar a proposta de se cobrar percentual de 5% a 8% de toda a arrecadação de jogos disputados no novo estádio. A cobrança, segundo o secretário estadual de Cidades, Eduardo Chiletto, seria uma espécie de aluguel do local aos clubes que utilizarem o espaço.
O parecer do projeto deverá sair ainda na primeira quinzena de fevereiro. Mesmo em fase de análise, o secretário ressalta que a tendência é o governador Pedro Taques (PSDB) sancionar a proposta, “copiada” da gestão do estádio Mané Garrincha, a Arena Nacional, em Brasília. Os dois estádios da região Centro-Oeste são os únicos dos 12 que receberam jogos da Copa do Mundo de 2014 e ainda não são administrados pela iniciativa privada.
Para Chiletto, como a Arena Pantanal é multiuso pode-se utilizar para outros tipos de eventos sociais. Por isso, a tendência é que o governo passe a cobrar uma porcentagem pelo espaço. “É mais do que justo cobrar o aluguel. O local não foi construído apenas para o futebol. Pode-se realizar shows, casamentos, palestras entre outras finalidades. Até o próprio governo do Estado já ocupa alguns espaços com várias secretarias. A arrecadação com aluguel ajudará muito na manu-tenção do estádio”, disse o secretário.
Inaugurada em 2014, a Arena recebeu três partidas da Copa do Mundo. A manutenção do estádio gira em torno de R$ 600 mil, pagos pelo governo estadual.