O goleiro Bruno Fernandes disse ter ficado abatido após ficar sabendo que não seria mais contratado pelo Operário de Várzea Grande. Na semana passada, ele esteve muito perto de ser anunciado pelo Tricolor. A diretoria, no entanto, sob forte pressão, acabou desistindo do negócio, na última hora.
“Fiquei triste, me abati porque sou ser humano. O que me chamou muito a atenção foi de que, depois que fizeram a reunião ‘deles, da diretoria, e chegaram a conclusão de que não iriam mais me contratar, não falaram comigo. Eu fiquei sabendo por parte da imprensa”, reclamou Bruno, em entrevista exibida ontem, no programa Domingo Espetacular da Record.
Apontado como mandante da morte da modelo Eliza Samúdio, Bruno foi condenado, em 2013, por homicídio triplamente qualificado. Atualmente, cumpre pena em regime semiaberto. “As pessoas não querem me dar oportunidade de trabalhar. Estão falando, falando e falando em redes sociais de que não posso trabalhar. Mas, espera aí. Elas vão colocar o pão na minha mesa?”, questionou, durante a entrevista.
A novela da contratação do goleiro Bruno Fernandes para defender o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense durou alguns dias. Na quarta-feira (22), a diretoria resumiu em nota que “devido as manifestações de uma parte da torcida, em especial feminina desistiu da contratação do goleiro”.
O Operário também foi pressionado por patrocinadores que haviam avisado que não permitiriam que Bruno vestisse uniforme com a logomarca, nem concedesse entrevista em frente ao painel que contém os nomes. Na terça-feira (21), um grupo de mulheres ainda fez manifesto nas portas do estádio Dito Souza, em Várzea Grande.
As tratativas de negociação com o goleiro começou quando o Fluminense de Feira de Santana, interior da Bahia, desistiu de contratar o jogador. O clube baiano temeu desgaste com sua torcida, que se posicionou contrária à contratação. O arqueiro disse, na entrevista deste domingo, que seguirá tentando voltar a jogar futebol.