Rebaixado e humilhado no Campeonato Brasileiro, o Goiás tem a chance de apagar tudo que aconteceu de ruim na temporada 2010. A partir das 21 horas, a equipe do técnico Artur Neto estará no estádio Libertadores de América, em Avellaneda, para enfrentar o Independiente e fazer história: levantar a Copa Sul-americana e faturar o seu primeiro título internacional.
No jogo de ida, disputado na semana passada no Serra Dourada, o Goiás ganhou por 2 a 0. Desta forma, o time brasileiro garante o título até com um revés por um gol de diferença. Mesmo com grande vantagem, a ordem do clube do Centro-Oeste evocar é o espírito guerreiro para o confronto.
"Precisamos manter o espírito guerreiro que demonstramos durante toda a competição e a nossa vontade, mas sempre pensando em vencer. Se entrarmos imaginando qualquer outro resultado, que não seja a vitória, a chance de termos um insucesso será muito grande", confirma o atacante Rafael Moura, autor de seis gols no torneio.
O Goiás aposta em algumas peças experientes para ter a bagagem necessária na hora da decisão. Na defesa, o alicerce é Marcão, campeão da Copa Sul-americana pelo Internacional em 2008. "Sabemos que o Independiente é forte quando joga ao lado de sua torcida, só que daremos a vida por esse título", decreta.
Autor de um dos gols no triunfo da primeira partida, o atacante Otacílio Neto considera que o Goiás deve repetir a tática da partida em que eliminou o Palmeiras na semifinal com a presença de 37 mil torcedores no Pacaembu. "Precisamos jogar sem desespero, de forma cautelosa, de igual para igual", ensina.
Na escalação, o técnico Artur Neto pretende manter a base que obteve sucesso nas últimas apresentações na Sul-americana. A boa notícia é que o grupo pôde descansar no final de semana, já que os reservas atuaram contra o Corinthians no encerramento do Campeonato Brasileiro.
Para o Independiente, não há alternativas: a equipe será obrigada a mostrar ímpeto desde o primeiro minuto em busca de gols. "Confiamos na vantagem de atuar em nosso estádio. Tudo é possível", avisa o defensor Lucas Mareque.
Rei da Copa Libertadores da América, com sete títulos, o Independiente busca a primeira conquista internacional em 15 anos – a última foi a Supercopa da Libertadores em 1995. Na escalação, o técnico Antonio Mohamed planeja novidades táticas e exige maior participação de peças como Tuzzio, Mareque e Rodríguez nas ações ofensivas.
O Independiente ainda tem a responsabilidade de defender a soberania argentina na Sul-americana, com quatro títulos em oito edições. O Brasil soma apenas uma conquista, com o Internacional, em 2008.