A animação com que Paulo Henrique Ganso fala sobre os projetos do São Paulo para a temporada contrasta com a sua resignação em relação a antigas ambições pessoais. O meia que chegou a irritar dirigentes do Santos por causa do desejo de atuar no futebol europeu já não se empolga tanto nem sequer com a possibilidade de defender a Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo.
“Tenho que trabalhar para mim e para o São Paulo. Se a Seleção vier, será excelente, é claro. Mas, com ou sem isso, devo trabalhar forte para conquistar títulos pelo meu clube”, priorizou Ganso.
Não é apenas a cobiça de Ganso que diminuiu. O jogador também passou a despertar menos interesse em técnicos da Seleção Brasileira e em clubes europeus. No ano passado, o holandês Clarence Seedorf (agora treinador do Milan, da Itália) chegou a dizer que o estilo cadenciado do são-paulino não combinava com o futebol do Velho Continente.
Ganso tentou encarar o comentário de Seedorf de forma positiva, como um conselho. Mas não a ponto de ver o conhecimento do holandês sobre o futebol brasileiro como uma ponte para o Milan. “Não dá para saber se a ida do Seedorf para lá abre ou fecha portas para mim. Nunca tive contato com ele”, minimizou, antes de voltar a dar mais importância ao seu time atual. “Ainda tenho o sonho de jogar na Europa, mas estou em um dos maiores clubes do Brasil, o São Paulo.”
Para voltar a ficar em evidência, Paulo Henrique Ganso sabe que precisa também de um ano de sucesso para o São Paulo. O time teve um 2013 ruim e tenta se reorganizar para ser vitorioso em 2014. “A minha meta é fazer mais gols e continuar jogando todas as partidas que puder. Se possível, quero atuar mais do que no ano passado. E o principal é conquistar títulos. Isso tem que acontecer neste ano”, avisou o meia, novamente empolgado.