O Palmeiras, campeão brasileiro de 2016, foi o maior vencedor da tradicional Bola de Prata, que premia desde 1970 os melhores jogadores da competição nacional. Idealizada pela “Revista Placar” e hoje promovida pelos canais ESPN, a cerimônia teve lugar em São Paulo, no final da manhã desta segunda-feira, e coroou o atacante Gabriel Jesus como melhor jogador da competição, além de outros cinco palmeirenses em suas respectivas posições.
A maior ausência da festa ficou por conta do Santos, vice-campeão, que não emplacou nem um atleta em todo o selecionado. Terceiro colocado, o Flamengo assegurou três atletas entre os vencedores, com o Atlético-MG, quarto, promovendo a entrada de dois. O Grêmio, campeão da Copa do Brasil e oitavo colocado, contou com o zagueiro Pedro Geromel para fechar a lista dos escolhidos.
No final, a seleção teve Jailson; Jean, Réver, Geromel e Fábio Santos; Willian Arão, Tchê Tchê, Dudu e Moisés; Robinho e Gabriel Jesus. Jesus, que recebeu o prêmio de melhor do torneio das mãos do ex-atacante Jairzinho, o Furacão da Copa, se disse emocionado pelas conquistas alcançadas antes de se transferir para o Manchester City-ING, clube para o qual se apresenta em janeiro.
“Eu fico realmente emocionado, não tenho o que dizer. Receber todos esses prêmios e ouvir essas palavras de jogadores renomados da história é algo indescritível”, comentou o camisa 9 da Seleção Brasileira, que recebeu em vídeo uma mensagem de Pelé elogiando o seu potencial. “Para mim, ele é o melhor que temos hoje e vai melhorar ainda mais com essa experiência no futebol internacional”, apontou o Rei.
O técnico Cuca foi quem recebeu o prêmio de melhor do torneio, defendendo o “Cucabol” quando foi ao palco ganhar o troféu. “O Cucabol levou três jogadores para suas seleções, foi o melhor ataque do campeonato, a melhor defesa e terminou o Brasileiro com 80 pontos na tabela”, disse o treinador. Um dos três artilheiros da competição, ao lado de Fred e Diego Souza, William Pottker, da Ponte Preta, recebeu a taça como goleador.
Para fechar a Bola de Prata, foi chamado ao palco o ex-zagueiro Alexandre Torres, filho do capitão do Tri, Carlos Alberto Torres. Homenageado por conta da morte de seu pai, em outubro deste ano, Alexandre recebeu uma réplica da Jules Rimet, troféu da Copa de 1970, e pôde erguê-lo. “Olha, posso dizer que eu tremi bastante na hora de levantar. Não pude dizer ao meu pai em vida o quanto eu tinha orgulho dele, mas acho que ele sabia disso”, comentou Alexandre.
Com a Bola de Ouro, Jesus se iguala ao volante César Sampaio e ao meia Djalminha, ambos já aposentados, que, jogando pelo Palmeiras, conquistaram os prêmios das edições de 1993 e 1996. Ele herda a taça de um ex-corintiano, Renato Augusto, laureado no ano passado após liderar a campanha do arquirrival para o hexacampeonato brasileiro.