O atacante Fred não espera um jogo fácil contra o Uruguai, mas torce, pelo menos, para que os adversários não utilizem a violência como artifício nesta semifinal da Copa das Confederações. Em entrevista concedida nesta terça-feira, véspera da partida contra a equipe celeste, o centroavante da Seleção Brasileira explicou que tentará manter a calma mesmo se receber jogadas mais ríspidas.
“Pelo nível em que estamos, tomara que não exista deslealdade. Mas, se acontecer, não há muito o que fazer, teremos de ficar tranquilos e não cair em provocação. Espero um futebol duro, mas nada de socos e cotoveladas, que não têm nada a ver com futebol. Vamos estar bem ligados”, afirmou.
Mesmo torcendo para não enfrentar lances violentos, Fred está ciente de que os uruguaios utilizarão a forte marcação como trunfo, sempre em busca de contragolpes para os atacantes Suárez e Cavani. “Conhecemos bem a equipe do Uruguai, que marca muito forte e chega junto. Além disso, eles têm jogadores que podem decidir lá na frente, com velocidade e potencial para definirem em um lance”, acrescentou.
Ao mesmo tempo em que corre o risco de ser alvo de faltas, Fred também poderá usar infrações para impedir avanços do oponente, já que atende ao pedido de Luiz Felipe Scolari para ajudar na marcação.
“Estou me sentindo bem, e o Felipão pede para o time ser agressivo desde o ataque, para começarmos com uma marcação forte. Se dermos menos espaço, a bola vai chegar menos limpa ao meio-campo. Tivemos alguns dias para trabalhar e foi o que o Felipão mais pediu para nós”, comentou.
A responsabilidade de frear possíveis abusos em campo ficará com o chileno Enrique Osses. Em caso de necessidade, Fred tentará se comunicar com o árbitro, apesar de não dominar o idioma espanhol. “Vai dar para gastar o ‘portunhol” e conversar. Só esperamos que ele acerte mais do que erre, que tenha um grande desempenho e ajude o espetáculo”, encerrou.