A Glória Eterna é Tricolor carioca. Neste sábado, o Fluminense bateu o Boca Juniors por 2 a 1, na prorrogação, no Maracanã, e conquistou a Copa Libertadores pela primeira vez na história. Germán Cano abriu o placar, Advíncula empatou para os argentinos, e John Kennedy foi o herói, marcando o último gol.
Ao lançar Kennedy, na etapa final, Diniz “previu” que o atacante faria o gol do título e avisou: “Você vai fazer o gol do título”. Ele cumpriu a profecia e garantiu a Libertadores para o Fluminense. Germán cano, com 13 gols, termina como artilheiro
Quis o destino que o título fosse no palco daquela decepção de 2008, quando o Fluminense caiu nos pênaltis para a LDU, do Equador, em um Maracanã lotado. Quinze anos depois, a torcida tricolor soltou o grito que estava preso na garganta.
Fernando Diniz optou por reforçar o meio de campo do Fluminense com Martinelli. John Kennedy, assim, começou a decisão no banco de reservas. O Tricolor Carioca tomou a iniciativa do jogo, mas encontrava dificuldade para criar. A primeira finalização foi aos 13 minutos. Após falta cobrada para a área, Cano desviou pelo alto. Romero defendeu com segurança e tranquilidade.
O Boca Juniors respondeu no minuto seguinte. Após contra-ataque, Merentiel arrancou e finalizou da entrada da área. Fábio defendeu com segurança. Três minutos depois, após mais uma estocada em velocidade, Cavani foi lançado, mas optou por não chutar, na entrada da área, e errou o toque.
Aos 34, Nino ganhou pelo alto, após cobrança de escanteio, mas errou o alvo. A bola foi para fora. O Fluminense abriu o placar no minuto seguinte. Em jogada pela direita, Keno recebeu de Arias e cruzou para Cano. O centroavante bateu de direita e fez 1 a 0. Foi o 13º gol dele no torneio. Ele é o artilheiro da Libertadores. O Tricolor Carioca ficou mais confortável em campo e levou a vantagem para o intervalo.
Fernando Diniz precisou mudar aos seis minutos da etapa final. Felipe Melo sentiu problema muscular e deu lugar a Marlon. O Boca assustou aos dez minutos. Advíncula arriscou da entrada da área, à esquerda de Fábio. Aos 23, André arriscou de fora da área. Romero defendeu. Fábio também trabalhou no minuto seguinte, em finalização de fora da área de Ezequiel Fernández.
O Boca Juniors empatou aos 26 minutos da etapa final. Advíncula recebeu pela direita, levou para o meio e não sofreu muita resistência. Ele arriscou com o pé esquerdo e deixou tudo igual.
Aos 34, Diniz fez três mudanças de uma vez. Ele colocou Diogo Barbosa, Lima e John Kennedy. Saíram Marcelo, Martinelli e Ganso. Aos 40, John Kennedy recuperou a bola, avançou e chutou. A bola desviou e Romero defendeu. O Boca quase virou aos 43 minutos. Merentiel arriscou de fora da área, à esquerda de Fábio, com perigo. O Fluzão teve a chance de definir o título no tempo normal. Aos 48, Diogo Barbosa recebeu de Lima e ficou em boa situação na área, mas errou a finalização. A final foi para a prorrogação.
No primeiro minuto do tempo extra, Keno arriscou de longe. Romero defendeu. O Fluminense voltou a ficar em vantagem aos oito minutos e com um jovem que vem brilhando. Aos oito minutos, Keno aparou para John Kennedy. Ele emendou um chutaço da meia-lua e fez um belo gol. O atacante foi expulso na sequência. Ele foi para a arquibancada comemorar com a torcida. Como já tinha amarelo, foi punido novamente e recebeu o cartão vermelho.
Teve confusão no 1º tempo da prorrogação. O Boca quis pênalti em lance de Guga, que caiu em cima da bola. Na “rodinha” de jogadores, Nino levou um tapa de Fabra. O VAR recomendeu a revisão do lance. Fabra, que havia levado amarelo, foi expulso.
Aos três minutos do segundo tempo, Benedetto arriscou da meia-lua e mandou para fora. Fábio trabalhou três minutos depois. Ele defendeu finalização de Taborda, substituição do Boca, da entrada da área. O Fluminense encontrou o contra-ataque. Aos oito, Guga, que entrou no lugar de Samuel Xavier, e acertou a trave. Não fez falta. O Tricolor Carioca segurou o resultado e conquistou a Libertadores pela primeira vez na história.