O pé salvador de Wellington Silva livrou o Fluminense do terceiro tropeço seguido no Carioca. O 1 a 0 diante do Resende, porém, não mascarou a apatia da equipe, que voltou a ocupar um lugar no G4.
Cristovão Borges recorreu à Xerém para mudar o time e retomar o caminho de vitórias no Estadual. Apostou em Gerson, como segundo volante, e em Kenedy, à frente e ao lado de Vinícius e de Wágner, que voltava ao time para fazer apenas a terceira partida no ano. O 4-5-1 tricolor não tinha um exímio marcador e sugeria uma equipe mais criativa e veloz com os jovens selecionáveis.
Os primeiros 45 minutos, porém, mostraram um Fluminense com dificuldades na saída de bola e sem trama de jogadas no ataque. Assim como fez contra o Flamengo, na estreia, o Resende adiantou a marcação com o intuito de provocar um erro do Flu ainda no campo defensivo. Henrique foi o primeiro a perder a bola que resultou no gol bem anulado de Jhulliam, que estava em posição de impedimento.
Vulnerável nas laterais, o Fluminense ficou exposto aos contra-ataques puxados por Geovani Maranhão e ameaçou efetivamente o adversário em dois chutes que explodiram no travessão de Arthur. A tônica da partida não sofreu alterações drásticas na volta do intervalo. Pouquíssimo inspirado e sem vibração, o Tricolor seguiu o ritmo lento da desentrosada linha ofensiva com Wágner, de quem se esperava o passe decisivo, apagado.
Ao longo da etapa final, Fred queixou-se de um puxão de camisa de Rogério dentro da área, Marlone substituiu Wágner e Gabriel, após ganhar de Victor Oliveira, desperdiçou a melhor oportunidade do jogo até então. Mas o 0 a 0 persistia. Aflita, a torcida do Flu clamou por Walter, Cristovão atendeu e sacou Kenedy. E a última aposta do técnico para evitar novo tropeço deu o chute/assistência preciso para Wellington Silva, aos 42 minutos, garantir a vitória em dia de futebol ruim.