O Flamengo estreou no Mundial de Clubes com uma vitória por 3 a 1 sobre o Al-Hilal da Arábia Saudita, nesta terça-feira. O Rubro-Negro carioca está classificado para a final do próximo sábado diante do vencedor do duelo entre Liverpool, da Inglaterra, e o Monterrey, do México, que se enfrentam nesta quarta-feira.
Salem Al-Dawsari abriu o placar aos 17 do primeiro tempo. O Flamengo só conseguiu reagir na segunda etapa. Arrascaeta empatou aos 3, Bruno Henrique virou aos 32 e Al-Bulayhi marcou contra aos 36.
O primeiro tempo do Flamengo foi terrível. Só o prejuízo é que acabou controlado e a equipe brasileira foi para o vestiário perdendo de apenas 1 a 0. Após os instantes iniciais em que as duas equipes se estudaram, o Al-Hilal passou a marcar a saída de bol do Fla e não deixou os brasileiros jogarem.
Visivelmente nervoso e sem conseguir imprimir seu jogo, o Flamengo cometeu muitos erros e sucumbiu diante da velocidade e da melhor organização em campo da equipe árabe. Compacta e aproveitando-se da instabilidade brasileira, o Al-Hilal dominou o jogo nos primeiros 45 minutos.
O Flamengo, entretanto, foi o primeiro a ter uma chance real de marcar. Escanteio cobrado pela esquerda e o goleiro saiu de soco. A bola sobrou na meia lua para Gerson, que bateu de primeira de canhota e a bola passou muito perto da trave direita.
O Al-Hilal respondeu no minuto seguinte. Carrillo fez fila pelo meio e tocou na esquerda para Al-Dawsari, que entrou na área, se livrou de Rodrigo Caio e bateu para o gol. Diego Alves espalmou para o meio e, da marca do pênalti e com o gol vazio, Gomis não conseguiu bater bem na bola e isolou.
A defesa rubro-negra voltou a falhar aos 17 e a equipe da Arábia Saudita abriu o placar. Trocando passes sem ser incomodado, Giovinco abriu na direita para Alshahrani completamente livre. O lateral tocou rasteiro de primeira para o meio e, também livre no meio da área, Salem Al-Dawsari bateu para o gol. A bola desviou levemente em Pablo Marí e tirou Diego Alves da jogada.
Após o gol, o Flamengo tentou ir para cima do Al-Hilal, mas os comandados de Razvan Lucescu estavam muito concentrados na marcação e ainda se utilizavam da cera e da instabilidade emocional do adversário.
O volume de jogo Rubro-Negro aumentou, mas só chegou perto aos 29 em jogada de Arrascaeta e Bruno Henrique. O uruguaio enfiou em profundidade para o atacante, que entrou na área e finalizou de direita, mas o lateral AlBurayk fez o corte e evitou o empate.
Segundo tempo – Reação e virada
Na volta do intervalo, o Flamengo foi outra equipe em campo. Mais intenso e equilibrado, o Rubro-Negro levou apenas três minutos para chegar ao empate, em bela troca de passes.
Da linha lateral pela direita, Rafinha tocou para Gabigol próximo da área. O artilheiro viu um espaço na área e enfiou para Bruno Henrique penetrar sozinho, e ele cruzou com precisão para Arrascaeta do outro lado. A bola passou por todo mundo e o uruguaio tocou para o gol vazio.
O Al-Hilal sentiu o golpe e o Fla criou boas jogadas nos minutos seguintes, mas não teve chances claras de virar o jogo.
O confronto ficou equilibrado, com o Flamengo ainda em nível abaixo do que era esperado e os Árabes mais cautelosos. O jogo foi ficando tenso e Jorge Jesus decidiu mexer aos 28. O experiente Diego entrou no lugar de Gerson, que não fazia boa partida, e deu uma dinâmica melhor ao meio de campo brasileiro.
Aos 28, o camisa dez deu belo passe para a escapada de Rafinha pela direita e o lateral cruzou com precisão na cabeça de Bruno Henrique, que entrava pelo meio da zaga e estufou a rede.
Quatro minutos depois, o terceiro gol também nasceu dos pés de Diego, que enfiou na área para Bruno Henrique. O atacante foi ao fundo em velocidade e cruzou visando Gabigol na pequena área. A bola passou pelo goleiro e o zagueiro AlBulayhi marcou contra ao tentar o corte. Com 3 a 1 no placar, o Al-Hilal se descontrolou e teve Carrillo expulso aos 37 por entrada violenta em Arrascaeta.
O Flamengo passou a controlar o jogo e soube segurar o adversário, que chegou perto do segundo aos 44 em chute cruzado do brasileiro Carlos Eduardo que Diego Alves defendeu.