A previsão era de que a Fifa divulgasse um relatório sobre os casos de corrupção envolvendo a Copa do Mundo do Catar, em 2022, no final de julho, mas o Comitê de Ética da entidade máxima do futebol alegou nesta segunda-feira que pretende mostrar dados mais precisos sobre a investigação apenas no início de setembro. O comunicado oficial indica mais um atraso relacionado ao tema.
No começo de junho, os responsáveis pela investigação já haviam sido questionados sobre o prazo para a divulgação do relatório, e foi dito que já haveria uma resposta no dia 9 daquele mês. Depois disso, a cúpula da Fifa se reuniu em um congresso com membro de todas as federações aqui no Brasil, às vésperas da Copa do Mundo, mas não houve novidades.
As denúncias indicam que dirigentes de futebol do Catar teriam desembolsado cerca de 5 milhões de dólares (mais de R$ 11 milhões) para comprar os votos daqueles que escolheriam a sede da Copa do Mundo de 2022. A principal área de atuação, de acordo com as primeiras suspeitas, seria na África, que teve quatro cartolas participando da eleição da Fifa.
Com as suspeitas de compra de votos para a escolha do Catar para 2022, a Fifa tem problemas relacionados às duas próximas sedes da Copa do Mundo. Se o país do Oriente Médio pode estar envolvido neste escândalo de corrupção, a Rússia passa por uma crise política, que se intensificou após a derrubada de um avião na fronteira com a Ucrânia – principal zona de conflito.