Em meio a guindastes, homens soldando, cortando e montando tendas, além de muita sujeira, a Fifa realizou nesta quinta-feira, na Arena da Baixada, em Curitiba, mais uma etapa de seu Tour de Experiência, que visa mostrar à imprensa o que passarão torcedores e representantes da mídia no dia das partidas da Copa do Mundo. E, se a ideia era mostrar que tudo está pronto, a realidade mostrou que ainda faltam detalhes.
Se a estrutura física do estádio está concluída, a parte logística e a limpeza do entorno ainda preocupam. Os voluntários, por exemplo, estão treinados para determinados serviços específicos, com falta de comunicação entre as áreas. O Centro de Mídia, que não está emitindo ainda credenciais para a imprensa escrita, por pouco não entregou credenciais da Copa para jornalistas que cobririam apenas o Tour, que exigia uma pulseira.
A sujeira e as obras de acabamento, além da montagem das estruturas comerciais de 18 patrocinadores, no entanto, foram vistas como normais para Reinaldo Cordeiro, secretário para assuntos da Copa. “O atraso no cronograma da obra atrasou o avanço da Fifa. Mas nem tudo foi pelo atraso da obra. Existem adequações que são feitas nesse período por conta da chegada de departamentos da Fifa. A Copa do Mundo em Curitiba será a melhor Copa do Brasil, por conta das características da nossa cidade”, garantiu.
Cordeiro ainda destacou que, embora operários trabalhem por toda a cidade, com desvios de trânsito e calçadas incompletas, tudo está no cronograma. “Estamos com as obras de mobilidade urbana praticamente concluídas. O eixo da Marechal Floriano, da Avenida das Torres, e a Rodoferroviária. Temos ainda o entorno da Arena da Baixada, com investimento em recape, calçadas, acessibilidade, iluminação, paisagismo e câmeras, foram cerca de 12 milhões. Na praça Afonso Botelho, 2 milhões em infraestrutura. E ainda investimos nas vias para o Fan Fest na Pedreira Paulo Leminski”, afirmou.
Outra preocupação são as manifestações organizadas em redes sociais. O secretário garantiu a segurança de turistas e da população, mas adiantou que serão coibidas com exército e polícia no perímetro do evento. “Do exército brasileiro teremos de três a quatro mil militares, a partir do aeroporto, colocados estrategicamente em praças, estádio e Fan Fest. Mais policiais militares e guardas civis. As manifestações serão contidas dentro da área de restrição. Serão sete mil homens para garantir a segurança de todos”, alertou.
Como Curitiba será a última cidade a receber uma partida, apenas no dia 16 de junho, com o encontro entre Irã e Nigéria, a expectativa é de que esse tempo a mais seja o suficiente para limpeza da Arena e do entorno, bem como a acomodação dos patrocinadores, ajustes realizados pela Fifa e término da área destinada à imprensa.