Fifa aprovou, nesta sexta-feira, em reunião de seu conselho, em Miami, a criação de um novo Mundial de Clubes. O torneio passará a ser disputado por 24 equipes e a cada quatro anos. A primeira edição será em 2021, em junho e julho. O local de disputa ainda não foi definido.
Entre os 24 clubes que participarão do torneio, oito serão da Europa, seis da América do Sul, três da Concacaf (América do Norte, Central e Caribe), África e Ásia e uma para a Oceania. A Fifa deixou para cada federação continental definir como os clubes se classificarão. A competição deve ocorrer no meio do ano, para substituir a Copa das Confederações e o antigo Mundial de Clubes, disputado no meio do ano e com sete clubes, um representante de cada continente e o campeão do país sede.
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Os clubes europeus já se mostraram completamente insatisfeitos. A Associação de Clubes Europeus (ECA, na sigla em inglês) emitiu uma carta, dizendo que os seus associados não participariam do torneio caso as novas regras fossem aprovadas. O presidente da Fifa, Gianni Infantino tratou de mostrar que houve muita discussão com representantes da Uefa.
“Houve muitas discussões construtivas, com o presidente da Uefa. Estamos avançando nesse assunto. Temos a responsabilidade de tomar decisões, e tomamos a decisão, e nas próximas semanas essas discussões vão dar frutos. Hoje há clubes que representam mais do que uma cidade, um país. Há clubes que são internacionais, têm fãs por todos os lados. Será importante para eles tentar ser campeões mundiais” destacou o presidente.
Ainda na reunião do conselho, desta sexta-feira, a Fifa foi autorizada a seguir com o plano de utilizar 48 seleções já na Copa do Mundo do Catar, em 2022. O aumento de seleções faria com que outros países da região sediassem algumas partidas. O problema é que o Catar não tem boa relação com os países vizinhos.
“Enviamos um relatório de viabilidade para o nosso Conselho e concluímos que é possível fazer com 48 seleções, desde que atendidas algumas condições. Se for possível, ótimo. Se não for, ótimo também”, falou Infantino sobre o projeto que será votado em definitivo em junho, no Congresso de Paris.