A Federação Internacional de Futebol (Fifa) anunciou hoje que investirá US$ 100 milhões no desenvolvimento do futebol no Brasil. Os recursos são do Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014 e serão direcionados para os 15 estados que não sediaram jogos do Mundial. A maior parte do montante (60%) será destinada a obras de infraestrutura e 30% a ações de apoio a atletas em formação (categorias de base) e ao futebol feminino.
O primeiro projeto contemplado pelo fundo foi um centro de treinamento em Belém, no qual foram construídos quatro campos de futebol (três artificiais e um com grama natural). O Centro Esportivo da Juventude fica próximo ao Estádio Olímpico da capital paraense. Rondônia e Tocantis serão os próximos a receber projetos com recursos da Fifa, que já negocia a compra de terrenos para construção de locais de treinamento nesses estados. Estão previstos ainda projetos para conscientização, prevenção de doenças e benefício de comunidades carentes.
A aplicação do dinheiro será gerida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A Fifa, no entanto, participará dos processos de decisão dos projetos e acompanhará os investimentos. “No passado, seria possível usar os recursos sem aprovação da Fifa. Hoje, isso é impossível. Todo dinheiro repassado pela Fifa é submetido a regulamentações claras e acompanhado para ser usado da maneira correta”, destacou o secretário-geral da federação, Jérôme Valcke. Ele garantiu que a Fifa tem mecanismos para controlar o uso dos recursos.
Valcke informou que os investimentos fazem parte do compromisso da Fifa com o desenvolvimento local. “Estamos trabalhando duro para cumprir o acordo de continuarmos presentes no Brasil, após a Copa do Mundo. Não ir embora, como disse parte da mídia. Isso não é verdade. A Fifa está comprometida em apoiar e desenvolver o futebol nos lugares onde organiza seus eventos”, acrescentou.
O secretário executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, enfatizou a boa imagem passada pelo país com a organização do evento, além dos ganhos em infraestrutura, como melhoria dos aeroportos. “Na Copa do Mundo, o Brasil apresentou a imagem de um país eficiente, empreendedor, hospitaleiro e aberto. Isso é um legado que carregaremos daqui para frente e que potencializará os ganhos econômicos e sociais”, afirmou.