Três foi demais. Sejam as três derrotas seguidas do Inter no Campeonato Brasileiro, sempre sem fazer gols, ou os 3 a 0 sofridos pelo São Paulo no Beira-Rio, no domingo. O contexto fez um furacão passar pelo estádio colorado na manhã de segunda-feira, fazendo com que o técnico Paulo Roberto Falcão perdesse o seu emprego, assim como o vice de futebol Roberto Siegmann.
O treinador era uma convicção do dirigente, que manteve o eterno ídolo do clube no cargo após as primeiras turbulências. Desta vez, entretanto, nem ele resistiu. A decisão das saídas foi tomada pelo presidente Giovanni Luigi.
Falcão chegou em 11 de abril. Seu objetivo era montar um time competitivo, uma equipe alegre dentro de campo e ficar muitos anos no comando do time do seu coração. Seu contrato ia até o fim de 2012.
Ele durou pouco mais de três meses. Tempo suficiente para disputar 19 jogos, vencer oito, empatar cinco, perder seis, sendo quatro deles dentro de casa e conquistar o título do Estadual. Seu aproveitamento foi de 50,9%.
Em uma manhã chuvosa, o ex-camisa 5 colorado encerra sua segunda passagem como treinador. Em 1993 foram 14 partidas no Brasileirão, com cinco vitórias, quatro empates e cinco derrotas, tendo um desempenho de 50%.
Seu antecessor, Celso Roth, conquistou 61,9% dos pontos disputados nos 14 confrontos que foi técnico. Enerson Moreira, técnico do Inter B nos primeiros jogos do Gauchão, alcançou 55,% de aproveitamento.
Ainda não há um nome sendo buscado para assumir a equipe. Por enquanto, Osmar Loss, recém contratado para comandar o time sub-23, será o técnico interino. O Inter enfrenta o Avai na quinta-feira e na próxima semana disputa um torneio amistoso na Alemanha.
Siegmann assumiu seu cargo no começo do ano. Mesmo contra a sua vontade teve que manter Roth após o vexame no Mundial de Clubes por causa da influência do ex-presidente Fernando Carvalho. Falcão foi uma escolha sua e por isso ele sai junto com o treinador.