O ex-presidente do Dom Bosco, Álvaro Scolfaro, revelou seu interesse em disputar a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF). O dirigente disse que o momento é ideal para uma mudança de personagem na entidade, que é presidida por Carlos Orione há mais de 30 anos. Segundo ele, a crise que se instalou no futebol mundial, com a prisão de dirigentes de alto escalão da Fifa entre eles o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol CBF), José Maria Marin, mostra à necessidade de renovação no comando da modalidade.
Amigo pessoal de Orione, Scolfaro, que já foi presidente da Comissão de Arbitragem da FMF, reconhece que o dirigente já não tem mais condição de permanecer no cargo até o fim do atual mandato, que estenderá até 2017. “O Orione já não tem mais condição de tocar a FMF. Já deu sua parcela de contribuição ao futebol profissional de Mato Grosso, está na hora de se recolher, descansar, cuidar da família e de sua saúde”, disse o ex-presidente do Azulão da Colina Iluminada.
Mesmo não fazendo parte da atual diretoria do Dom Bosco, clube que presidiu por quase 20 anos, Álvaro não vê com bons olhos as seguidas licenças do atual presidente da federação, abrindo espaço para um dos seus quatro vice-presidentes – João Carlos Oliveira, Helmute Lawisch, Francisco Marino e Luiz Wellington. Desde anunciou sua ‘aposentadoria’ na federação em julho do ano passado, Carlos Orione vem sendo substituído ultimamente, por meio de portarias temporárias, por Helmute Lawisch, presidente-fundador do Luverdense Esporte Clube.
Sem papas na língua e polêmico, Scolfaro desafia os quatro vice-presidentes da FMF a renunciarem em conjunto para que se convoque novas eleições. Até mesmo pelo fato da entidade não ter nenhuma atividade com o fim do Estadual da Primeira Divisão.
“Não dá para o nosso futebol profissional se tocado por meio de portarias até 2017, por pessoas que não foram eleitas para o cargo. Se algum deles têm interesse pelo cargo, que se renuncie e concorra. Estou aberto para debates, tenho interesse em dar minha parcela de contribuição. Seja como candidato cabeça de chapa ou até mesmo de vice. O que não podemos é ver o futebol profissional de Mato Grosso nesse marasmo, nesse paradeira. É o momento ideal, mudanças estão ocorrendo na Fifa e na CBF. Por quê Mato Grosso não acompanha essa tendência mundial?”, desafiou Scolfaro, destacando que eventuais candidatos gozem de respeito e de credibilidade junto à sociedade.