Fernando Prass era o capitão do Palmeiras antes de sofrer a fratura no cotovelo direito, em maio, mas perdeu a faixa no período em que ficou ausente. Na quarta-feira, mesmo com o retorno do goleiro diante do Botafogo, Dorival Júnior optou por manter a faixa com Valdivia, e o ex-capitão entendeu a opção do treinador.
“O Valdivia tem um foco grande nele e é bom dar uma responsabilidade a mais ao jogador. É como se faz com filhos. Você fala muito para o filho não fazer uma coisa e ele continua fazendo. Depois, você fala que pode fazer o que quiser, mas assumindo a responsabilidade. O Dorival deu a faixa para ele para, de repente, ter um pouco mais de noção da importância que tem para o clube”, afirmou.
Quando sofreu a lesão, Prass usava a braçadeira por opção do então treinador, Gilson Kleina. Sem o goleiro, Lúcio passou a ser o mais frequente como capitão, inclusive com Ricardo Gareca, mas Dorival Júnior mudou a hierarquia e preferiu dar a responsabilidade a Valdivia.
O goleiro, de 36 anos, assegura que não se importou em perder o posto de capitão para o chileno e explica que continuará se comportando da mesma maneira nos jogos, com liberdade também para reclamar com a arbitragem.
“Sempre falei que a faixa é mais pela simbologia, porque o time tem que ter um representante para assinar a súmula e jogar a moedinha para cima. Não tem essa de que o capitão é quem pode falar com o árbitro. Com respeito, qualquer jogador pode se dirigir a ele. De repente, pode ter surtido um efeito maior no Valdivia. O grupo não vai ter um respeito maior ou menor por ele por causa da faixa, mas tem a simbologia”, argumentou.
Independentemente de quem usa a tarja, o certo é que o Palmeiras tem seus jogadores mais experientes em campo nesta reta decisiva de luta contra o rebaixamento. Prass, Lúcio, Wesley e o capitão Valdivia vêm formando a espinha da equipe de Dorival, que sofreu com desfalques nas semanas anteriores.