Espanha e Uruguai seguiram à risca a estratégia definida por seus treinadores na primeira rodada da Copa das Confederações. A campeã europeia tocou a bola, o campeão sul-americano se defendeu, e o resultado na Arena Pernambuco foi uma tranquila vitória dos defensores do título mundial: 2 a 1.
Iniesta comandou o meio-campo dos espanhóis, que usaram a habitual tática de trocar passes pacientemente. Eles encontraram os espaços com frequência e abriram boa vantagem ainda no primeiro tempo, com gols de Pedro e Soldado. Na segunda etapa, protegeram o placar e só levaram um gol de falta, de Luis Suárez, no finalzinho.
Assim, a equipe dirigida por Vicente del Bosque pulou na frente no Grupo B, conquistando seus três primeiros pontos. Nigéria e Taiti fecham a rodada inaugural da chave em confronto marcado para as 16h (de Brasília) de segunda-feira, em Belo Horizonte.
Conquistar mais um bom resultado na próxima quinta, contra o Taiti, no Maracanã, deixará a Espanha bem perto da classificação às semifinais. Já os uruguaios, que também atuarão na quinta, precisam se recuperar em jogo-chave contra a Nigéria, em Salvador.
O jogo – Del Bosque optou por armar a Espanha com um homem de área, Soldado. Fábregas e Pedro atuavam perto dele, trocando de lado frequentemente, e a dupla Xavi/Iniesta se aproximava com qualidade no passe. Os laterais — especialmente Alba, pela esquerda — tornavam os europeus ainda mais perigosos.
O Uruguai tentou se fechar com duas linhas de quatro marcadores, com Luis Suárez e Cavani à frente. Mas o esforço no combate era insuficiente, e, nos raros momentos em que tinham a bola, os comandados de Oscar Tabárez não tinham um posicionamento propício para o contra-ataque.
Assim, as oportunidades começaram a se multiplicar para os favoritos. Iniesta deixou a bola passar inteligentemente, e Fábregas acertou a trave. Depois, tabelou com o mesmo Fábregas e obrigou Muslera a trabalhar. A insistência resultou em bola na rede aos 19 minutos.
A água, que tanto bateu em lances trabalhados, furou em uma jogada de sorte. Após cobrança de escanteio de Xavi e cortes parciais de Lugano e Cavani, Pedro pegou o rebote e bateu forte da entrada da área. A bola provavelmente sairia à esquerda, mas Lugano tentou cortar e atrapalhou Muslera, que a viu entrar no canto direito.
A única finalização dos uruguaios no primeiro tempo foi um leve cabeceio de Cavani, defendido por Casillas. Dois minutos depois, aos 31, Iniesta puxou um raro contra-ataque pelo meio e deixou com Fábregas. Em posição legal graças a Maxi Pereira, Soldado recebeu na cara de Muslera e bateu na saída do goleiro para ampliar.
O primeiro tempo ainda teve um tropeção de Lugano — que teria se visto boa chance para marcar se tivesse mantido o equilíbrio — e uma boa defesa de Muslera após batida de escanteio e chute de Piqué. E pouco mudou com a entrada do urugaio González no intervalo.
Só o que mudou foi a objetividade da Espanha, tranquila com a vantagem conquistada. Os campeões do mundo tocaram a bola sem tanta preocupação de criar oportunidades e, mesmo assim, tiveram duas. Não marcaram e se contentaram em proteger o placar construído nos 45 minutos iniciais.
Tabárez procurou dar mais força ao Uruguai com a entrada de Lodeiro e atendeu aos pedidos do público na Arena Pernambuco ao colocar Forlán, jogador do Internacional. O placar não chegou a ser ameaçado até os 42 minutos, quando Suárez bateu muito bem uma falta que ele mesmo havia sofrido e descontou.
Nos momentos derradeiros, os sul-americanos não chegaram a criara nenhuma chance clara para o empate. Mais perto do gol esteve a Espanha, mas Soldado, na cara do gol, foi parado com falta cometida por González. Era para expulsão, mas o juiz japonês Yuichi Nishimura se protegeu no placar e não apitou nada.