A Espanha se classificou para a decisão da Copa das Confederações na tarde desta quinta-feira. Na semifinal, disputada no Estádio Castelão, a seleção campeã do mundo penou e precisou dos pênaltis para eliminar a Itália (7 a 6) depois de um empate sem gols até a prorrogação.
Atual campeã do mundo e bi da Eurocopa, a Espanha alcança a decisão da Copa das Confederações de maneira inédita. O duelo com o Brasil, marcado para as 19 horas (de Brasília) do próximo domingo, no Maracanã, será o primeiro encontro entre seleções da Europa e da América do Sul na final do campeonato.
Dominada na etapa inicial, a Espanha correu sério risco de ser vazada. Com o calor intenso em Fortaleza, a intensidade caiu em um segundo tempo monótono. Emocionante, a prorrogação teve bolas nas traves dos dois goleiros, mas o empate permaneceu. Nos pênaltis, Bonucci perdeu a cobrança e Navas classificou sua equipe para a decisão.
O Jogo – Antes mesmo de a bola rolar, os fãs que praticamente lotaram o Castelão manifestaram preferência pela Itália. Além de vaiar os espanhóis, a torcida viu os tetracampeões mundiais dominarem o primeiro tempo com as principais oportunidades para marcar.
Depois de uma série de jogadas perigosas, a maioria pelo lado direito, a Itália teve a maior chance para marcar aos 35 minutos. Giaccherini invadiu a área pela esquerda e cruzou para Maggio que, livre, cabeceou para grande defesa de Casillas. Irritados, os zagueiros pediram impedimento inexistente.
Como de costume, a Espanha manteve a posse de bola durante a maior parte do tempo, mas não foi capaz de dar trabalho ao goleiro Buffon. Na única chance dos atuais campeões do mundo, o centroavante Fernando Torres girou em cima de Barzagli e finalizou com perigo.
A segunda metade do tempo regulamentar foi de poucas emoções – em alguns momentos, o público ficou em silêncio no Castelão. Os torcedores acordaram aos 22 minutos, quando o telão focalizou a cantora Shakira, namorada do espanhol Piqué. “Shakira gostosa!”, gritaram os espectadores.
Com o intenso calor intenso em Fortaleza, o ritmo da partida caiu durante a etapa complementar. A Itália manteve a superioridade e ouviu gritos de “olé” da torcida a cada passe certo, o que não foi suficiente para criar boas chances de gol. A Espanha, por sua vez, pouco fez no campo de ataque.
A Itália quase abriu o placar logo aos 2 minutos da prorrogação, quando Candreva cruzou da direita, Giovinco, substituto de Gilardino, desviou na primeira trave e Giaccherini acertou a trave. Seis minutos depois, Iniesta deu belo passe para Jordi Alba e viu o companheiro chutar por cima do gol de Buffon.
Aos nove minutos do segundo tempo da prorrogação, quando os dois times já esperavam pelos pênaltis, Xavi arriscou de longe. Desajeitado, Buffon espalmou para a trave. Um minuto depois, na última chance do jogo, Navas, substituto de David Silva, invadiu a área pela direita e chutou cruzado para mais uma defesa do goleiro italiano.
Pênaltis – Pela Itália, marcaram Candreva (de cavadinha), Aquilani, De Rossi, Giovinco, Pirlo e Montolivo. Pela Espanha, anotaram Xavi, Iniesta, Piqué, Sérgio Ramos, Mata e Busquets. Após o erro de Bonucci, Navas bateu de forma certeira e colocou a Espanha na final.