Mato Grosso conquistou pela primeira vez o título do handebol feminino primeira divisão, de 12 a 14 anos, nos Jogos Escolares da Juventude, em João Pessoa (PB). A tão sonhada medalha de ouro veio, esta manhã, contra o time de Pernambuco. As meninas da escola municipal Dona Sabina Lazarin Prati, de Campo Verde, venceram o jogo por 17 a 8 contra o time de Pernambuco.
Um dos mais emocionados pela conquista do handebol era o técnico Luiz Mateus. “Eu tinha um sonho e ele acabou de ser realizado”, disse o professor ao término do jogo. Ele detalhou que não foi fácil chegar ao título, um caminho que começou há seis anos, quando Mateus deu início ao trabalho de base no handebol em Campo Verde. “Começamos do zero em 2010, quando a modalidade praticamente não existia na cidade. E depois de seis anos de trabalho duro nós somos campeões brasileiros. Isso não tem preço, é muito gratificante”.
A capitã do time, Bruna, também falou da importante conquista para Campo Verde e Mato Grosso. Segundo ela, muitas garotas do time participaram pela primeira vez de um brasileiro. “No começo a gente ficou com medo da competição, pois eram times de outros estados, do Brasil inteiro. Mas quando vencemos São Paulo por um ponto na semifinal, começamos a acreditar que o título era possível”.
O campeonato também tem sabor especial para a jogadora Camile. No ano passado ela jogava por Tangará da Serra e recebeu o convite para defender Campo Verde nos Jogos Escolares. A menina conta que já está há um ano longe de casa e que sente muitas saudades da família. “Quando recebi o convite para jogar em outra cidade meus pais me apoiaram. Eles disseram que eu tinha talento e que o handebol era o meu futuro”, recordou a menina.
Camile disse que não imaginava ser campeã brasileira em sua primeira participação de Jogos Escolares. “Mas eu tinha dito para as meninas que independente de qualquer coisa a gente tinha que jogar com muita raça e dar o nosso sangue dentro da quadra. Acho que foi essa vontade que fez a gente conquistar a medalha”, ressaltou a menina, que não vê a hora de rever os pais.