O engenheiro responsável pelo projeto da cobertura do estádio Engenhão é também o profissional que responde pelas coberturas do Castelão, em Fortaleza (CE), e da Arena Pantanal, em Cuiabá. Trata-se de Flávio D´Alambert, proprietário da empresa Projeto Alpha. É o que revela reportagem do site UOL, hoje. Os dois estádios vão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014.
Como vem sendo noticiado, a cobertura do Engenhão, no Rio de Janeiro, corre o risco de desabar e, devido a isso, a prefeitura decidiu interditá-lo. "De acordo com o presidente da Riourbe (Empresa Municipal de Urbanização), Armando Queiroga, os arcos que seguram a cobertura da arena estão em numa posição incorreta. Na construção do estádio, esses arcos estavam escorados. O projeto previa que, ao final da obra, as escoras fossem retiradas, os arcos se movessem um pouco e o teto assentasse. Acontece que, ao retirar os apoios, os arcos acabaram cedendo 50% a mais do que o previsto. Isso colocou a cobertura do Engenhão sob risco de desabamento", aponta trecho da reportagem.
No entanto, em entrevista coletiva concedida, ontem, o presidente da Riourbe evitou culpar o engenheiro pela interdição do estádio. Entretanto, informou que a Projeto Alpha atestou em 2007 a segurança da cobertura. Esse atestado, anos depois, foi desmentido pela consultoria alemã SBP (Schlaich Bergermann und Partner), contratada para verificar os riscos a queda do teto do estádio.
Em relação a Cuiabá, a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) afirmou que o projeto da cobertura da Arena Pantanal feito por D´Alambert foi submetido a rigorosos testes de qualidade, inclusive em túneis de vento. Em todos, ele foi aprovado. Por isso, não há motivos para qualquer alteração no planejamento da arena.
Flávio e a Projeto Alpha foram procurados pelo UOL. Na empresa, que há 25 anos trabalha com coberturas de arenas esportivas, a reportagem foi informada que o caso deveria ser tratado somente com D´Alambert. A Alpha informou também que o engenheiro está viajando e que entraria em contato assim que possível.