O Rio Claro não conseguiu evitar o rebaixamento à Série A-2 do Campeonato Paulista, mas atrapalhou os planos de classificação do Santos. Com um empate por 1 a 1, fora de casa, neste domingo, o clube do litoral alcançou os 30 pontos do Corinthians, mas terá que torcer contra seus principais rivais para seguir com chances.
Caso o São Paulo, agora quarto colocado com 32 pontos, vença o Bragantino no domingo, o Santos estará eliminado. Antes de se preocupar com a Ponte Preta, sua última adversária na primeira fase, no entanto, o Santos priorizará a Copa Libertadores. Nesta terça-feira, enfrentará o boliviano San José na Vila Belmiro.
Já o Rio Claro, que tem 13 pontos e não pode ultrapassar os 17 do Juventus, irá se despedir da primeira divisão do Estadual contra o Marília, fora de casa. Em sua penúltima apresentação, neste domingo, equilibrou o jogo com o Santos: sofreu gol de Kléber Pereira, empatou com Mirandinha e contou com o goleiro Gilson para segurar o resultado.
O jogo – Mesmo sem muita criatividade, o Santos conseguia se impor no estádio Augusto Schimidt Filho em função da fragilidade da defesa do Rio Claro. Até então tímidos para atacar, os laterais Adoniran e Kléber auxiliavam o colombiano Molina na armação da equipe visitante.
E o gol do Santos originou-se em um cruzamento de Adoniran, da direita. Aos 11 minutos, aproveitando-se de falha na saída de bola do Rio Claro, o lateral levantou na área e Molina acertou o travessão, de cabeça. Na sobra, o artilheiro Kléber Pereira, quase sobre a linha entre as traves, empurrou para dentro.
À frente no placar diante do lanterna da competição e empurrado por sua entusiasmada torcida, a expectativa era que o Santos tornasse a partida mais fácil. Não foi o que aconteceu. Os comandados de Leão recuaram e reanimaram o Rio Claro, que incomodava a zaga santista com bastante movimentação.
A organização do ataque do time da casa não se via na defesa. Perdido em campo, o zagueiro Douglão fez lembrar o corintiano Perdigão no clássico do meio de semana ao pisar na bola e deixar Sebastián Pinto com liberdade para marcar. Desta vez, porém, o chileno demorou a passar para Kléber Pereira e tirou Leão do sério.
Mas Douglão também aparecia no ataque. Antes de trocar de chuteiras pela terceira vez, o zagueiro cobrou faltas e deu cabeçadas perigosas. Quem conseguiu marcar o gol de empate do Rio Claro, contudo, foi um atacante. Aos 41, Silas fez boa jogada pela direita e cruzou para Mirandinha chutar sem força. Fábio Costa aceitou: 1 a 1.
Ao contrário do Santos, o Rio Claro se empolgou e passou a pressionar depois de chegar ao gol. Para piorar, o volante Adriano, lesionado, foi substituído por Fabão. E o lateral-direito improvisado Adoniran seguiu em campo mesmo com dores. O final do primeiro tempo terminou, quem diria, com o time da casa no papel de grande.
Na etapa complementar, a ordem natural se restabeleceu. O Santos, com Vitor Júnior no lugar de Renatinho, voltou do intervalo com bastante disposição, diante de um Rio Claro que já satisfazia em contra-atacar. O problema é que, com o passar do tempo, os visitantes não conseguiram conter a ansiedade e se desorganizaram em campo.
Leão ainda tentou a última cartada. Trocou Renatinho por Molina, que saiu contrariado. Mas o máximo que o Santos conseguia era esbarrar no ótimo desempenho do goleiro Gilson, que fez plásticas defesas em finalizações de Rodrigo Souto e Kléber Pereira. Acuado, foi o que pôde comemorar o Rio Claros antes do rebaixamento.