O zagueiro Diego Lugano foi a grande atração da tarde para os pouco mais de 7 mil torcedores que foram ver o São Paulo no estádio do Pacaembu, mas foi Rodrigo Caio, seu parceiro de zaga, quem definiu o triunfo da equipe. Chamado de “jogador de condomínio” por um assessor da presidência do clube, ele marcou de cabeça o único gol da vitória sobre o Rio Claro, em duelo válido pela quinta rodada do Campeonato Paulista.
O uruguaio teve atuação segura durante os 90 minutos, protegido pelas poucas descidas de Bruno e Thiago Mendes, dedicados a ajudá-lo na marcação. Seu momento de maior “brilho” foi e uma falta já nos acréscimos, quando recebeu o amarelo e muitos aplausos dos torcedores, sedentos por qualquer demonstração de vontade dentro do time.
Com o resultado, os são-paulinos amenizam a crise que tomou conta da equipe após as derrotas para Corinthians e Strongest, além do racha exposto entre Lugano e alguns jogadores por causa dos dois meses de atraso de direitos de imagem. Dentro de campo, chegam a sete pontos conquistados, com um jogo a menos do que os líderes do Grupo C Audax e Ferroviária, que têm nove. No D, com quatro, o Rio Claro segue na briga para se livrar do rebaixamento.
Na próxima rodada, o clube do Morumbi continua alugando o estádio municipal paulistano, dessa vez na quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), contra a equipe do Novorizontino. Os rio-clarenses, por sua vez, continuam sua jornada longe de casa contra o Oeste, em Itápolis.
O jogo – A primeira chance veio aos nove minutos de bola rolando, mas não dava para os são-paulinos esperarem um gol tão fácil sair logo de cara. Carlinhos bateu escanteio com precisão pelo lado direito, o goleiro Lucas Frigeri não achou nada ao sair do gol e Centurión, livre, se assustou com a bola e cabeceou para cima. A bola foi em direção à primeira trave, onde a zaga afastou o perigo.
O jogo dos donos da casa, no entanto, não fluía. Sem qualquer força das arquibancadas, incrivelmente vazias para um domingo à tarde na cidade de São Paulo, os comandados de Edgardo Bauza viam a linha de meias com Carlinhos, Ganso e Centurión não dar continuidade às jogadas, principalmente devido à péssima fase do argentino, constantemente vaiado.
Os melhores momentos do duelo ocorreram entre os 26 e 28 minutos, com chances claras para os dois lados. No Tricolor, Mena arriscou de fora da área e exigiu boa defesa do goleiro, que deu rebote nos pés de Centurión. O avante tentou a primeira, mas parou novamente no arqueiro. Na segunda, buscou o passe para Calleri, mas a zaga cortou. Pelo time do interior, Romarinho ganhou na corrida de Hudson e Lugano e arriscou da entrada área, mandando rente à trave esquerda de Denis.
Apesar do maior volume de jogo, os tricolores mostraram a mesma dificuldade padrão da temporada: criar chances reais de fazer o gol. O toque de bola não tinha a velocidade suficiente, quando os visitantes erravam e davam a chance do contra-ataque, a ansiedade fazia com que diversos passes precipitados saíssem.
Na volta para a etapa final, a única jogada que ameaçava o adversário enfim deu certo. Em mais uma falta lateral, aos cinco minutos do segundo tempo, Carlinhos levantou a bola na área e Rodrigo Caio, livre, cabeceou firme, sem chances para o goleiro Lucas. Na comemoração, todos correram em direção a Lucão, o mais festejado em campo para compensar as vaias fora dele.
Mesmo com a vantagem, o São Paulo não conseguiu controlar totalmente o jogo, sempre travado nas tentativas de aumentar o placar. Wesley, substituto de Centurión, naturalmente melhorou o jogo, a começar pelo acerto nos passes. Dono da melhor chance para fazer o segundo gol, porém, ele chutou em cima do goleiro Lucas, após bom passe de Ganso.
Cansado e mancando com a perna direita em alguns momentos, o camisa 10 do Tricolor pediu para sair e acabou fazendo a festa da torcida por promover a entrada de Rogério. O xodó da torcida entrou com vontade e tentando dar velocidade ao ataque, mas esbarrou na falta de companhia dentro do gramado.