O Cruzeiro não conseguiu repetir a mesma atuação da vitória contra o Internacional e encontrou muitas dificuldades ante o Avaí, nesta quarta-feira, na Ressacada, ficando no empate sem gols que não agradou nenhuma das duas equipes. Com o resultado, a Raposa segue na briga para escapar da degola, enquanto os catarinenses ficam muito próximos do rebaixamento.
Excesso de passes errados por parte do Cruzeiro e falhas na hora de concluir as jogadas marcaram o duelo entre mineiros e catarinenses. O Avaí buscou o gol com mais afinco, inclusive acertando a trave em duas ocasiões, mas a falta de qualidade dos atacantes avaianos e a baixa produtividade dos avantes cruzeirenses foram fatores decisivos para o empate sem gols.
Na sequência do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro vai receber no próximo domingo, o Atlético-PR, na Arena do Jacaré, em confronto direto para escapar do rebaixamento. Já o Avaí volta a campo no sábado, para medir forças contra o Vasco, no estádio de São Januário.
O jogo – Jogando em casa, o Avaí iniciou a partida pressionando o Cruzeiro em busca do gol, e mantendo a posse de bola no campo de ataque. Mas quem chegou com perigo pela primeira vez foi a Raposa com o volante Leandro Guerreiro, que arriscou um tiro de longa distância, obrigando o goleiro Felipe a mandar para escanteio.
Precisando vencer a qualquer custo para evitar o rebaixamento por antecedência, o time avaiano adotou a estratégia de marcar a saída de bola dos visitantes, tentando forçar um erro adversário. Aos 18, os catarinenses quase marcaram com William, em um arremate que passou muito perto do gol, assustando o goleiro Fábio.
Aos 37, depois de bom cruzamento pela direita, Lincoln tentou de cabeça, mas Fábio atento conseguiu fazer a defesa. Com uma postura mais agressiva, a equipe catarinense teve mais volume ofensivo, mas os atacantes não conseguiram aproveitar o maior número de chances de gol.
Errando muitos passes e com dificuldades na saída de bola, o time mineiro sentiu muito a falta do armador argentino Montillo, que lesionado, desfalcou o time cruzeirense. Com a falta de criatividade dos dois lados, Avaí e Cruzeiro foram para o vestiário sem mexer no placar.
Mesmo esbarrando na falta de qualidade técnica, os donos da casa voltaram para a etapa complementar buscando o gol com mais afinco. Aos cinco minutos, Lincoln tentou da entrada da área, mas o chute saiu sem força para defesa de Fábio. Sentido que o momento da Raposa era ruim, Vágner Mancini resolveu sacar o lateral-direito Vitor para entrada do atacante paraguaio Ortigoza.
Com os dois times com dificuldades para furar os bloqueios defensivos, a alternativa encontrada por Cruzeiro e Avaí foi os chutes de média e longa distância. Dessa forma, a equipe catarinense chegou aos 14, com Gian, mas a bola passou à esquerda da meta celeste. O troco veio com Victorino, que cobrou falta com violência obrigando Felipe a trabalhar bem, no rebote Farías mandou para fora.
Aos 22, Fábio operou milagre para defender cabeçada a queima roupa do armador Lincoln, na chance mais clara do jogo até o momento. Aos 26, William recebeu assistência de Diego Orlando e carimbou a trave esquerda do Cruzeiro. Encontrando espaços pelo lado direito, o time avaiano ditou o ritmo do jogo, mas falhou muito na hora de concluir as jogadas.
No finalzinho do jogo, o Cruzeiro ainda perdeu o zagueiro Naldo, que foi expulso, o que garantiu pressão total do Avaí até o apito final do árbitro carioca Pericles Bassols Cortez. Apesar das tentativas, os donos da casa não conseguiram chegar ao gol.