Enquanto os rivais Operário, Cuiabá e Dom Bosco anunciam seus reforços para o Campeonato Mato-grossense do próximo ano, o Mixto segue patinando. A situação no clube é delicada e tem preocupado a torcida alvinegra. Sem nenhum jogador contratado, comissão técnica e nem pista de onde o elenco treinará, o “Tigre” é o mais atrasado na pré-temporada. Apesar da crise, ontem, o presidente recém-eleito, Paulo Cesar Gatão, garantiu que o clube disputará o campeonato. A estreia será no dia 1º de fevereiro contra o Operário, na Arena Pantanal.
“Não é a menor possibilidade de não disputarmos. Vamos ter que montar um time caseiro, modesto, com jogadores daqui, porque até agora não temos um real de nenhum patrocinador e sequer de apoiadores”, resumiu.
A declaração de Gatão caiu como um balde de água fria sobre a cabeça das organizadas do clube, que sempre cobraram pela formação de elencos competitivos. Ao falar em ‘time caseiro’, Gatão exclui qualquer possibilidade de contratar atletas de outros estados e terá que brigar com outros clubes menores por esses reforços.
Gatão também revelou que se o elenco estivesse formado, o clube não teria onde treinar. O acordo feito pelo ex-presidente Eder Moraes, com o Brasil Central, previa o pagamento de taxa mensal de R$ 2 mil, apenas para a manutenção do gramado. O resultado do calote são 18 cheques sem fundos, que estão de posse da diretoria do clube ítalo-brasileiro e a negativa de qualquer renovação com o alvinegro, sem a devida quitação da antiga dívida. “Se o Mixto quiser treinar lá, em 2015, terá de pagar R$ 5 mil por mês”.
Culpando o fracasso das negociações com um grupo de investidores da China pela atual crise, Gatão disse ainda que será difícil viabilizar recursos neste fim de ano, devido o calendário e a programação das grandes empresas. “Estamos tentando”.