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Éder deixa o Operário e vai para Francana

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Sócio proprietário do clube empresa Operário Futebol Clube, o técnico Éder Taques está deixando Várzea Grande. Ex-jogador das divisões de base do Dom Bosco e técnico renomado no Estado, o profissional aceitou a proposta da Francana-SP.

Taques vai em busca de uma maior projeção como técnico, cansado da “luta inglória” e das mazelas de um futebol semi-profissional, o treinador confirmou na manhã de quinta-feira que acertou com a Associação Atlética Francana. Vai dirigir o time na Série A3 do Campeonato Paulista 2011.

“Estou há mais de dois anos no Operário, sempre com muita dedicação, sacrificando algumas coisas e algumas pessoas. Tinha um projeto que considero muito bom para o clube, mas está muito difícil de viabilizar. Estou um pouco cansado de dar murros em ponta de faca”, desabafou o treinador que este ano levou o time à duas finais.

“Foram dois vice-campeonatos importantes, com muita dificuldade, que, acredito, tenha deixado o legado da valorização aos atletas regionais”, destacou o treinador, que tomou a decisão final ontem à noite após conversar com a família.

“Eles (Francana) atenderam todos os meus pedidos, insistiram muito para minha ida. Vou com o coração partido, mas acho que será importante para minha carreira como treinador”, frisou.

A viagem será no sábado à tarde. “Vou inicialmente para conhecer o clube, acertar detalhes sobre o início efetivo dos trabalhos, e definir um planejamento”, disse Eder.

A Francana está fechando uma parceria com um grande time da capital paulista Palmeiras, segundo informações da imprensa local -, que cederá um supervisor e “uns dez ou quinze jogadores”.

Sobre o destino do Operário, Taques disse acreditar que “tem muitas pessoas em condição de assumir e manter o projeto para o Estadual”. Acrescentou que terá uma reunião com o empresário Ailton Azambuja, seu sócio no clube-empresa.

Aílton Azambuja, sócio de Taques no clube empresa, disse na tarde de quinta-feira que não vai administrar o clube sozinho. “Hoje o Éder tem 50% do clube e os outros 50% são meus, está documentado, desde meados de 2008, quando adquiri. Vou procurar o Dudu (Campos), o Wendel (Rodrigues, ex-presidente) para ajudar. Precisamos de alguém pra tocar o time, eu não tenho tempo e nem condições financeiras, já tive muitos prejuízos. Se cada um arrumar um patrocínio, dá para administrar”, disse. Segundo Azambuja, atualmente o Operário tem apenas uma dívida: de R$ 52 mil para com a Federação Mato-grossense, e outros R$ 100 mil confiscados pela Justiça do Trabalho.

 

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