Mantendo as negociações para possível troca da diretoria da Federação Matogrossense de Futebol, o secretário de Estado da Casa Civil, Éder Moraes, quer formar uma diretoria “imparcial” caso a mudança ocorra. O objetivo é deixar uma gestão mais “profissionalizada”. “Tenho colocado algumas condições básicas para poder assumir a Federação, dentre elas a não composição da chapa por dirigentes atuais do futebol. Não em depreciação de ninguém, mas para que a Federação seja imparcial nas suas decisões”, destacou, em Sinop, ao Só Notícias.
Éder disse, também, que aguarda a definição pelos próximos 90 dias. Após o período, não há mais interesse em assumir o cargo. “Acho que na nossa vida temos que colocar dia, data e hora de forma objetiva para que as coisas aconteçam e efetivamente os resultados possam chegar na ponta final, que são os torcedores e a própria sociedade”.
Para o chefe da Casa Civil, a Federação deve tornar o campeonato estadual, bem como os campeonatos da liga amadora, mais competitivos para aproximar o público do esporte regional. “Acho que há uma lacuna a ser preenchida. O Carlos Orione já cumpriu seu papel na Federação, foi útil ao futebol de Mato Grosso, nós devemos muito a ele, a atual diretoria, mas é momento de renovação”.
“Ele [Orione] está numa altura da vida dele que acreditamos que possa representar o futebol de uma forma mais elitizada, junto a FIFA, junto a CBF, fazendo essa interlocução, explorando seu prestígio e seu relacionamento em nível nacional e traduzindo isso em resultados para o futebol de Mato Grosso”.
Segundo Éder, atualmente a Federação detém um passivo de aproximadamente R$ 1,4 milhão a ser liquidado, que não é “assustador”. “Tendo credibilidade para poder buscar no mercado, haja visto que muitas das empresas que tem interesse em investir no futebol abatem isso de seu imposto de renda. É uma permuta bastante interessante e julgo que temos a credibilidade necessária para podermos revolucionar o futebol de Mato Grosso”.