Em partida adiantada que abre a última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, a Portuguesa recebe o Vila Nova às 19h30 (de Brasília) desta sexta-feira, no Canindé. As equipes se despedem melancolicamente da segunda divisão, já em uma prévia da Série C a ser disputada no próximo ano.
Com as duas piores campanhas da competição, Lusa e Tigre se enfrentam por mera questão protocolar. A equipe paulista amarga a última posição com apenas 25 pontos conquistados. Com quatro a mais, o Vila Nova também foi rebaixado antecipadamente, assim não tendo objetivos na temporada.
O inferno astral de ambos os clubes não se limita às quatro linhas. Em franco descenso, a Portuguesa ainda lambe as feridas do julgamento que a tirou da Série A no ano passado. Rebaixada no tribunal, a equipe pecou pela falta de planejamento e se perdeu ao longo da temporada, inclusive atrasando o pagamento de salários de uma equipe nada competitiva.
O momento do Vila Nova é ainda pior. O presidente Joás Abrantes renunciou ao cargo nesta semana, na única desistência confirmada entre as várias esperadas pela torcida alvirrubra. A reformulação do Tigre caminha a passos lentos e, ao que tudo indica, os membros da diretoria devem circular pelos principais cargos sem que a gestão realmente se renove.
Desta forma, a situação delicada que Portuguesa e Vila Nova vivem fora de campo reflete na reta final da Série B. A equipe goiana acumula sete derrotas nas últimas dez rodadas, enquanto a paulista perdeu oito vezes no mesmo período. Apesar de mera formalidade, o duelo a ser disputado no Canindé pode render, para uma delas, uma despedida um pouco menos amarga da segunda divisão nacional.
Se todas as dificuldades naturais não bastassem, o técnico José Augusto terá dois desfalques por acúmulo de cartões amarelos: o goleiro Rafael Santos e o defensor Luciano Castán. Tom deve ser o substituto no gol, enquanto André Astorga desponta pode figurar na lateral. No Vila Nova, o treinador Roberto Fonseca não tem problemas deste gênero.