A briga pela presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) está judicializada. O impasse envolvendo o atual presidente da entidade João Carlos Oliveira e o empresário Aron Dresch, vitorioso na eleição realizada há um mês, caminha para se arrastar até mesmo por um período de um ano.
Na última quarta-feira, a juíza Tatiana Colombo reconheceu a assembleia geral, que deu a Dresch 22 votos favoráveis contra 15 de Oliveira, que havia entrado com recurso pedindo a anulação da eleição. Na ação, Colombo agendou para o próximo dia 10 de junho audiência de reconciliação, medida judicial em que as duas partes pode chegar a um entendimento.
Mesmo insistindo em continuar a frente da federação, não reconhecendo a vitória de Aron Dresch, João Carlos terá que deixar o cargo no próximo dia 26 de maio, quando expira o mandato da atual diretoria.
Jurista renomado, que não quer aparecer, ressalta que a decisão da juíza Tatiana Colombo obriga João Carlos a dar posse a Dresch sob pena de punição. Contudo, o advogado assinala que o processo continuará com a audiência de reconciliação no dia 10 de julho. Irresistível em fechar qualquer tipo de acordo com o adversário, o atual presidente da entidade promete levar o caso até à última instância.
“O João Carlos vai brigar até o fim. Como a questão já está judicializada, ele não fechará nenhum tipo de acordo. Assim como o Aron Dresch, que se considera o vencedor pela presidência da federação. Essa briga caminha para se arrastar até por um ano”, disse o jurista, que acompanha o caso de perto.
Segundo o advogado, a última instância será a audiência de instrução, decisão definitiva por parte da Justiça. “Chegando na audiência de instrução, aí não cabe mais recurso. É definitivo. Ou seja Aron ou João Carlos”, frisa o advogado. Após um longo período da gestão Carlos Orione, falecido no fim do ano passado, a federação teve no último dia 16 de março uma eleição acirrada. Há muito tempo não havia uma disputa pela presidência da entidade. João Carlos foi efetivado na presidência da entidade em fevereiro do ano passado, quando Orione renunciou ao cargo por questões de saúde.