A delegação do Cuiabá viaja, hoje de manhã, para Salgueiro, interior de Pernambuco, onde irá decidir seu destino no Campeonato Brasileiro da Série C contra o time da casa. Sétimo colocado da Chave A com 19 pontos somados, o time mato-grossense precisa de um simples empate para garantir sua permanência na terceira divisão mais importante do futebol nacional. O jogo decisivo está marcado para o próximo domingo válido pela última rodada da primeira fase do torneio de acesso.
No embarque desta manhã, o elenco de jogadores está levando na bagagem uma motivação a mais para brigar para não cair à Quarta Divisão do Brasileiro do próximo ano: uma premiação em dinheiro em caso da equipe, vice-campeã mato-grossense deste ano, permanecer na Série C.
Como é praxe da diretoria do Cuiabá, o valor do prêmio está guardado a “sete chave”. Mas a verba está garantida. Na tarde de ontem, os principais diretores do clube, Aron Dresch (presidente) e Cristiano Dresc (vice) se reuniram com atletas e membros da comissão técnica para estipular o valor do bicho extra.
Procurado pela reportagem da A Gazeta, o presidente do time Aron Dresch afirmou que “não há nada especial” para o resultado do jogo mais importante do Cuiabá nesta temporada. O dirigente preferiu adotar o discurso comum de que os jogadores são remunerados para fazer o melhor dentro de campo.
“O grupo já é pago para dar resultados positivos para o clube. É obrigação ir para o campo e conquistar a vitória”, disse Dresch, para depois confirmar que há um ‘bicho” extra em caso de vitória ou empate, resultado que manterá o Cuiabá na Série C para o próximo ano.
Diante da fraca campanha do ‘Dourado” em sua primeira participação na Série C, Aron Dresch prefere evitar falar em decepção pela performance do time no torneio nacional. Em 17 jogos disputados até agora, a equipe, que iniciou a disputa sob comando de Ary Marques e está encerrando com Luciano Dias, só conseguiu somar 19 pontos. A média é um pouco mais de um ponto por partida, algo abaixo para um clube que investiu em vários reforços para obter pelo menos a classificação entre os quatro primeiros colocados.
“Prefiro não falar em decepção, mas os resultados não foram o que nós esperávamos. Prefiro ver desta forma, pois futebol é uma caixinha de surpresa”, ressaltou o dirigente, afirmando que a equipe não souber aproveitar o fator casa quando mandou vários jogos no estádio Dutrinha.
“Poderíamos ter tido outra performance quando fomos mandantes de vários jogos. Contra o Paysandu, por exemplo, deixamos escapar os três pontos nos acréscimos. Isso não pode acontecer com uma equipe que pensa em ascender à Série B do Brasileirão”, finalizou Aron.