“Não é hora de pensar em futebol, e sim de cuidar da saúde! Estamos todos assustados com tudo isso”. A frase do diretor do Luverdense, Helmute Lawisch, um dos principais clubes do futebol mato-grossense, reflete o momento de temor e apreensão provocado pela pandemia do novo Coronavírus.
Na opinião do dirigente que já comandou a equipe na Série B do Campeonato Brasileiro, ‘a decisão sobre o encerramento das férias forçadas e a retomada dos treinamentos cabe a cada dirigente’, mas ele é enfático ao se posicionar contra o retorno neste momento.
“Estamos todos muito assustados, afinal é uma paralisação com inúmeros efeitos e sem precedentes na história do nosso País e do Mundo. Não estamos nem pensando em voltar a treinar agora, vamos aguardar o posicionamento oficial das autoridades de saúde para depois pensar no que fazer. Nossa prioridade agora é cuidar da saúde de todos”, sentenciou.
A última vez que o Luverdense entrou em campo foi no dia 15 de março, no encerramento da Primeira Fase do Campeonato Mato-grossense, quando venceu o Mixto por 3 x 0, no Passos da Ema, em Lucas do Rio Verde. Uma semana depois a competição que deveria entrar no mata-mata das Oitavas de Final foi paralisada pela FMF, seguindo orientação nacional da CBF.
O Campeonato deveria ter sido encerrado no dia 26 de abril – conforme calendário da entidade – porém, com a paralisação de 50 dias, os 8 clubes foram obrigados a enxugar a folha de pagamento com a oficialização de demissões e a liberação da maioria dos atletas para um período de férias forçadas.
Sem fonte de renda esses clubes receberam um auxílio financeiro da CBF, enviado à Federação Mato-grossense, mas a maioria amarga grandes prejuízos, como o Nova Mutum que admitiu acumular R$ 200 mil em dívidas. O repasse das cotas da TV também foi suspenso.