Um dia após a eliminação do Atlético Mineiro para o São Paulo, na última quarta-feira, na fase de quartas de final da Libertadores, o técnico do Galo, Diego Aguirre, pediu demissão. Em entrevista coletiva, o uruguaio anunciou sua saída do clube mineiro.
“Futebol é isso, é ganhar, e as vezes temos que tomar algumas decisões. Vinte dias atrás, quando passamos para a 2ª fase da Libertadores, pedi para deixar o clube. Daniel me pediu para ficar. Já havia combinado com o presidente que quando acabasse nossa apresentação na Liberta nós iríamos ter uma reunião, e eles me deram a liberdade de ir embora o dia que eu quisesse. Foi uma decisão que tive que tomar, mas agradeço a todos os profissionais do clube, pois sempre tivemos uma experiência excelente e um relacionamento profissional ótimo”, afirmou o ex-treinador.
O presidente do Galo, Daniel Nepomuceno, esteve ao lado de Aguirre durante o pronunciamento, e afirmou que ainda não tem nenhum substituto em mente.
“Ainda não conversei com nenhum treinador. Hoje está sendo uma boa tarde. Só tenho que agradecer o Aguirre”, disse o mandatário.
Aguirre não teve vida fácil no Galo. O treinador, que chegou para substituir Levir Culpi no final de 2015, somou três eliminações durante pouco mais de cinco meses no cargo. Na Primeira Liga o time mineiro não passou da primeira fase. Já no Campeonato Mineiro o Atlético chegou à final da competição, mas não conseguiu superar o América-MG.
As esperanças, então, foram voltadas à Libertadores, porém, após derrota por 1 a 0 para o São Paulo no Morumbi, os mineiros levaram o segundo jogo para o Independência, mas mesmo vencendo por 2 a 1, deram adeus ao torneio.
Em sua campanha à frente do clube mineiro, Aguirre somou 16 vitórias, sete empates e oito derrotas. A única conquista do argentino com o Galo foi a Copa Flórida, torneio amistoso realizado nos Estados Unidos no início de 2016, que contou com a participação de alguns times brasileiros, como Corinthians e Internacional.