“Festa no Chiqueiro”. Neste domingo, o Palmeiras venceu o Corinthians no Allianz Parque lotado por mais de 38 mil pessoas e quebrou uma sequência de duas derrotas no Derby. O único tento do clássico totalmente dominado pelo Palestra foi anotado por Deyverson, que ressurgiu no clube graças a Luiz Felipe Scolari, e presenteou o treinador com seu triunfo número 200 pelo Maior Campeão do Brasil.
No primeiro tempo, Felipão resolveu repetir a estratégia do duelo contra o Atlético-PR e mandou a campo uma formação para ‘sentir’ o jogo. E assim como no duelo com o Furacão, a dupla de volantes formada por Thiago Santos e Felipe Melo não deu ao time a criatividade necessária para furar o bloqueio rival.
Assim, quando o Palestra roubava a bola, os meio-campistas destruidores não acompanhavam o avanço do time e seguiam atrás da linha da bola. Isso, somado aos constantes erros de passes e viradas de jogo, especialmente nos primeiros minutos tornou o jogo morno e com muita marcação na etapa inicial.
As chegadas ao ataque se limitaram aos lampejos de Dudu, que demorou para entrar no jogo. Após inverter de lado mais de três vezes com Hyoran, o camisa 7 finalmente se tornou mais participativo e deu muito trabalho a Mantuan, pela esquerda do ataque palestrino.
O Corinthians, como esperado, se limitou a defender. De início, a proposta da equipe de Jair Ventura era usar Ralf e Douglas para dobrar a marcação no palmeirense que tivesse a bola. A ideia era manter Romero e Pedrinho livres pela ponta para buscar uma jogada de contra-ataque. Ao final da etapa inicial, porém, os atacantes já recompunham na marcação e a proposta única era de manter o placar zerado.
Diante dos problemas na armação, Felipão fez a substituição padrão: sacou Thiago Santos, e sem Bruno Henrique como opção no banco de reservas, colocou Moisés em campo. A alteração mudou a postura do Palmeiras, que seguiu com a posse de bola no ataque, mas agora mais incisivo.
Aos oito minutos, Deyverson tentou cavar pênalti na área e, no mesmo lance, Marcos Rocha foi chutado por Douglas, que cometeu infração não marcada pela arbitragem. Os palmeirenses ficaram na reclamação, mas pouco depois, ganharam motivos para comemorar.
Com 11 jogados, Marcos Rocha avançou pela direita e cruzou rasteiro para a área, Léo Santos tentou cortar de carrinho, mas não alcançou a bola e Deyverson mostrou categoria para desviar com a canhota e mandar para as redes. O placar inaugurado fez ferver o jogo no Allianz Parque e, empurrado pela torcida, o Verdão seguiu buscando o segundo gol.
Atrás no marcador, Jair sacou Mantuan, que não deu conta de marcar Dudu, e colocou Gabriel na função. A mexida não apenas não conteve os avanços do palmeirense como limitou os ataques do Alvinegro pelo lado direito. Além desta alteração, Clayson entrou na vaga de Pedrinho, o melhor corintiano até então.
Com 60% de posse de bola, a maior parte no ataque, o Maior Campeão do Brasil só não ampliou por um capricho. Aos 27 minutos, Dudu fez jogada espetacular pela esquerda, passou por cinco marcadores, invadiu a área e soltou a bomba de pé direito, mas a bola explodiu no travessão de Cássio, que apenas observou.
O Alviverde seguiu bem em campo e com direito a chapéu de Deyverson na marcação adversária. Um dos últimos lances do camisa 16, que foi muito aplaudido e teve o nome gritado quando saiu de campo para a entrada de Willian. Jair respondeu com Jonathas no lugar de Roger, mas o problema corintiano não estava no centroavante, encaixotado entre os seguros Luan e Gustavo Gómez.