O Cuiabá informou em nota, há pouco, que foi surpreendido hoje com bloqueios em suas contas bancárias, originadas por uma ação judicial promovida pelo Mixto. A cobrança diz respeito ao rateio da bilheteria da partida realizada entre as duas equipes em janeiro do ano passado, em partida válida pela 1ª rodada do Campeonato Mato-grossense. A decisão foi do juiz Gilberto Bussiki da 9ª vara cível de Cuiabá, que mandou bloquear as contas do time auriverde.
Naquela oportunidade, o Cuiabá era mandante de jogo e detentor da totalidade da renda da partida. Contudo, o clube informou que “visando agregar valor ao futebol mato-grossense”, acordou dividir com o Mixto pela metade o saldo positivo da arrecadação, deduzidas as despesas.
Por outro lado, o Mixto afirmava ter sido o responsável pelo bom público do estádio, não concordando na dedução das despesas que o Cuiabá teve com a divulgação da partida, entre outras. “Tal alegação beira a alucinação, já que o Cuiabá há anos figura na elite do futebol brasileiro, disputando a Série A e competições internacionais, com calendário ao longo de toda a temporada e, por consequência, públicos relevantes na Arena Pantanal”, disparou o Cuiabá, no comunicado divulgado.
“A contestação das despesas pelo representante do Mixto foi deselegante, mal-educada e encerrada pelo seu Presidente até com certo tom de chacota, como se vê das entrevistas e comunicados publicados em janeiro de 2023. Ora, se o seu presidente publicamente renunciou aos valores que o Cuiabá havia oferecido, não havia porque efetuar qualquer repasse ou pagamento”, acrescentou o Dourado, relembrando entrevistas do investidor do Mixto, João Dorileo no qual naquela época recusou o dinheiro alegando “descumprimento” do acordo.
A nota acrescenta ainda que o Cuiabá “viu o arresto do valor pleiteado pelo rival por meio de ordem judicial que desconhece a renúncia publicamente declarada pelo representante do Mixto”. O Dourado informou que já tomou as medidas cabíveis para reverter tal bloqueio, que “ocorreu com base em um pedido judicial eivado de má-fé e oportunismo”, encerrou o clube.
Outro lado
O Mixto informou que a renda bruta da partida foi de R$ 117,3 mil. “Apesar desta arrecadação, o Cuiabá se dispôs a repassar apenas R$ 18,5 mil ao Mixto. Solicitado a planilha de despesas do jogo, foi verificado gastos particulares do Cuiabá. O clube rival colocou como despesas alimentação para os atletas cuiabanistas no vestiário após o jogo, contratação de mascotes – Dourado e Douradinho -, apostas na loteria Timemania, diária do profissional de marketing específico do clube, entre outras despesas que o Mixto entende como exclusivas do Cuiabá”, alegou o Mixto.
“O Mixto entende que o valor justo seria algo em torno de R$ 29,7 mil para cada clube. O restante das despesas acusadas no borderô é concordância entre as equipes. Apesar das tratativas amigáveis propostas pela diretoria mixtense, houve desdenho e arrogância por parte da diretoria do Cuiabá, o que levou essa situação à justiça”, diz trecho da nota do clube.
