A Arena da Baixada, em Curitiba (PR), e o Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), foram bem avaliados no relatório que será divulgado amanhã (2) pelo Portal 2014. De acordo com o documento, ao qual a Agência Brasil teve acesso, o Internacional, clube responsável pelo Beira-Rio, deverá, ainda em março, concluir a instalação das 130 estacas que sustentarão a estrutura metálica da nova cobertura do estádio, e iniciar a reconstrução de parte das arquibancadas inferiores, demolidas em dezembro passado.
No entanto, há uma discordância entre a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e o clube, no que se refere ao gramado do estádio. A Fifa pediu o rebaixamento do gramado para corrigir a curva de visibilidade do anel inferior. A proposta foi rejeitada pelo Internacional, que começou a demolir as arquibancadas do Beira-Rio em dezembro. Por esse motivo, o orçamento baixou de R$155 milhões para R$ 130 milhões.
A situação do estádio do Atlético Paranaense é tranquila em função da menor quantidade de reformas necessárias, se comparada a outros estádios. Ainda sem ter contratado uma construtora, o clube paranaense deve começar a obra em junho ou julho, conforme prevê o cronograma.
Orçada em R$ 130 milhões, a obra já conta com a aprovação, pelos vereadores da capital, de uma modificação na legislação local, tornando possível o repasse de cerca de R$ 90 milhões em títulos de potencial construtivo referentes ao terreno da arena.
Já o Estádio Nacional de Brasília, chamado até o ano passado de Estádio Mané Garrincha, ainda não teve definida a sua capacidade de público. A cidade pleiteia abrir ou encerrar o evento. Caso tenha sucesso nessa investida, poderá ampliar de 40 mil para 70 mil sua capacidade.
Atualmente a obra encontra-se em processo de demolição e de concretagem dos tubulões. O desmonte e a demolição mecânica das arquibancadas terminou em outubro e as obras de fundações foram concluídas no começo deste ano.
Por suspeitas de superfaturamento e de falta de garantias financeiras, a licitação para as obras ficou parada por quatro meses a pedido do Tribunal de Contas do Distrito Federal. De acordo com o Portal Copa 2014, esse é o segundo estádio mais caro da Copa, com orçamento de R$ 696 milhões. Em primeiro lugar está o Maracanã (R$ 705 milhões).
Em Cuiabá, a Arena Pantanal também teve problemas de contabilidade, mas as obras prosseguem apesar de, em novembro, o Tribunal de Contas do Estado ter suspendido os repasses do governo para o consórcio, devido a irregularidades no edital.
O novo estádio será erguido no terreno do Estádio Governador José Fragelli, cuja demolição começou em abril e foi concluída na primeira quinzena de julho passado. Com a fase de demolições concluída, a obra segue para as fundações.
A parte física da arena custará R$ 342 milhões. A esse valor serão acrescidos os custos da compra das cadeiras, do placar eletrônico, mobiliário e de equipamentos para transmissão de dados, que serão licitados posteriormente. Um financiamento de R$ 393 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a obra foi aprovado em 22 de setembro.