O nadador Felipe Lima conseguiu um dos seus principais objetivos – ir aos Jogos Olímpicos de Londres. Considerada um dos instrumentos para consolidação e formação de nadadores de ponta, a piscina olímpica construída na entrada em que hoje está sendo levantada a Arena Pantanal está em estado de abandono.
A obra, iniciada no fim de 2007 e orçada em aproximadamente R$ 700 mil aos cofres do Estado, está inacabada, já que ainda falta a segunda e última parte do trabalho, que é a construção de vestiários aos atletas, banheiros ao público, arquibancada e iluminação para competições noturnas.
A obra da construção da Arena Pantanal vistas à Copa do Mundo de 2014 acabou emperrando de vez a entrega integral da piscina aos nadadores mato-grossenses. Hoje, onde é o pátio da área do local, está servindo de alojamento de material de construção do novo estádio de futebol visando o Mundial de 2014. Quem passa pelo local percebe que a obra está totalmente abandonada.
Apesar do trabalho de estar pela metade, a piscina olímpica, uma das poucas no Estado e a única na capital mato-grossense, já recebeu eventos oficiais. Em 2010, mesmo com estrutura provisória, o espaço sediou eventos como o Torneio Centro-Oeste de Natação e os Jogos Abertos Brasileiros.
De lá para cá, o local foi fechado pela Secretaria Estadual de Esportes e Lazer (Seel) por conta do furto da fiação elétrica e o gerador. O problema foi solucionado, mas com a andamento da obra da Arena a área está fechada ao público.
Atual secretário de Esportes e Lazer, José de Assis Guaresqui, ressalta que aguarda uma definição por parte da Secopa o que fazer com o local durante os preparativos à Copa do Mundo. Ele descartou qualquer possibilidade da obra ser destruída, algo que chegou a ser cogitado bem início da construção da Arena. Mas Guaresqui destaca que a tendência é a piscina ser interditada e reaberta somente após a realização da Copa do Mundo de 2014.
Ainda se inteirando dos trabalhos da pasta, uma vez que está a menos de um mês no cargo em substituição ao deputado estadual Antônio Azambuja (PP) que retornou à Assembleia Legislativa, o atual secretário revela que seu objetivo é dar continuidade à conclusão da obra. José de Assis Guaresqui espera contar com ajuda do Ministério do Esporte por meio de emendas dos parlamentares de Mato Grosso no Congresso Nacional para concluir a segunda e última parte do trabalho.
“A piscina olímpica é uma das nossas prioridades aqui na Secretaria de Esportes. Vou procurar o governador Silval Barbosa e pedir sua autorização para irmos a Brasília para alocarmos recursos para concluírmos esta grande obra ao desporto mato-grossense, em especial à natação que vive um grande momento”, frisou Guaresqui, destacando que a piscina, mesmo não sendo concluída, está cotada para sediar as provas de natação nas Olimpíadas Escolares, evento marcado para ocorrer do dia 25 a 8 de dezembro, em Cuiabá.
Ex-presidente da Federação Mato-grossense de Desporto Aquático e técnico do nadador Felipe Lima, o professor Jeférson Carvalho lamenta o fato da piscina não estar aberta aos nadadores mato-grossenses.