O Cuiabá emitiu uma nota, esta tarde, a respeito do lateral-direito Matheus Silva, diante das investigações que apuram se o atleta possui envolvimento em uma associação criminosa especializada na manipulação de resultados de partidas de futebol da Série B. Em nota, o clube divulgou que aguarda as investigações. “A respeito das últimas notícias veiculadas sobre a operação Penalidade Máxima e o atleta Mateus Silva, do Cuiabá, o clube informa que está acompanhando as investigações com atenção e apenas tomará medidas, se necessárias, após a conclusão das apurações”, destacou.
Conforme Só Notícias já informou, o Ministério Público do Estado de Goiás, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol, deflagrou ontem a Operação Penalidade Máxima para obtenção de provas de associação criminosa especializada na manipulação de resultados de partidas de futebol profissional.
Foram cumpridos mandado de prisão temporária e nove mandados de buscas e apreensões, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Goiânia, São João del-Rei (MG), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).
As investigações apontam que o grupo criminoso atua mediante a cooptação de atletas para a manipulação de resultados nas partidas por meio de ações como, por exemplo, o cometimento de pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras iniciativas. O objetivo do esquema criminoso seria viabilizar o êxito em apostas esportivas de elevados valores. Em contrapartida, os atletas recebem parte dos ganhos, em caso de êxito. Estima-se que cada suspeito tenha recebido aproximadamente R$ 150 mil por aposta.
A investigação sinaliza que há elementos de que o grupo atuou concretamente em, no mínimo, três partidas ocorridas no final do ano de 2022 na série B do Campeonato Brasileiro e estima-se que os valores envolvidos no esquema ultrapassem o montante de R$ 600 mil.
Conforme o promotor Fernando Cesconetto, o esquema de apostas consistia na marcação de pênaltis ainda no primeiro tempo. Os três jogos suspeitos de manipulação são Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina, todos válidos pela última rodada da Série B do ano passado.
Segundo divulgado pelo portal Globo Esporte, um dos envolvidos seria o lateral-direito Matheusinho, que estava no Sampaio Correa e foi contratado pelo Cuiabá, no início do ano. Joseph, do Tombense (MG), e Romário, do Vila Nova (GO), também estariam na mira dos investigadores segundo o portal.