O torcedor cruzeirense que compareceu neste domingo no estádio Independência, acompanhou um duelo bastante movimentado contra o Bahia, que terminou com vitória da Raposa de virada por 3 a 1. O triunfo deixou a torcida duplamente feliz, já que o clube acabou com a sequência de três derrotas seguidas e viu o arquirrival Atlético-MG perder as últimas chances de ficar com o título.
O primeiro gol do jogo foi anotado pelo volante Fahel, após cobrança de escanteio. Martinuccio empatou em finalização com a canhota e anotou o tento da virada em conclusão perfeita depois de lançamento de Anselmo Ramon. Ainda teve tempo para William Magrão fechar o placar. Com o resultado, o Cruzeiro chegou aos 46 pontos e acabou com qualquer possibilidade de rebaixamento. Já o Tricolor baiano fica estacionado nos 40 pontos e ainda luta contra a degola.
Na sequência do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro vai visitar o campeão Fluminense, no Engenhão, em compromisso marcado para o próximo domingo. Já o Bahia vai receber a Ponte Preta, em Pituaçu, precisando vencer para se livrar do rebaixamento.
O jogo – Precisando dar uma satisfação para a torcida após três derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro iniciou a partida pressionando o Bahia, que não se limitou a defender, tentando contra-atacar a Raposa, o que garantiu um bom jogo no Independência. Aos cinco minutos, Fabinho cobrou falta colocada e obrigou Marcelo Lomba a se esticar todo para evitar o gol.
O Bahia não demorou a dar a resposta que veio em jogada individual de Gabriel, que aproveitou falha do zagueiro Thiago Carvalho e cruzou para área, Helder mandou a bomba em direção a meta celeste, mas Fábio fez grande defensa, salvando os mineiros. Aos 13, Tinga tentou surpreender em chute de longa distância, porém, o volante cruzeirense errou o alvo.
Atuando com três atacantes, o time do técnico Celso Roth manteve a bola mais tempo no campo de ataque, mas encontrando dificuldades para superar a linhas de marcação da equipe baiana, que se mostraram eficientes em vários momentos. Jogando de maneira compactada, os visitantes apostaram na velocidade e recomposição rápida dos atletas para a posição de origem.
Em uma dessas tentativas, Gabriel saiu livre na cara de Fábio, mas preferiu tentar o passe para o avante Souza, que chegou atrasado no lance. Percebendo que o Bahia tinha espaço para atuar pela direita, o técnico Jorginho orientou seus comandados para explorar essa faixa de campo, com isso, a partida ficou aberta e movimentada após os 25 minutos iniciais.
Aos 27, após cobrança de escanteio, o volante Fahel apareceu na área para desviar de carinho para o fundo das redes cruzeirenses, abrindo os trabalhos no Independência e motivando os primeiros protestos da torcida celeste contra o técnico Celso Roth e o presidente Gilvan Tavares. O Cruzeiro tentou reagir rápido com Martinuccio, mas o tiro de fora da área acertou o travessão de Marcelo Lomba.
Na volta para a etapa complementar, o Cruzeiro mostrou mais agressividade contra um Bahia que tentou a ligação direta da defesa para o ataque, estratégia sem muito sucesso. Aos oito minutos, o argentino Martinuccio apareceu com liberdade dentro da pequena área, e com a canhota mandou para o gol de Marcelo Lomba empatando o jogo.
Com o gol da igualdade, a torcida voltou a apoiar o Cruzeiro que intensificou a pressão em busca da virada. Aos 17, Everton foi à linha de fundo e cruzou com qualidade, a zaga baiana falhou e Fabinho desperdiçou uma excelente chance de colocar os mineiros à frente no placar, finalizando para fora.
Com as rédeas do jogo no segundo tempo, os donos da casa insistiram até conseguir a virada, em mais um gol de Martinuccio, que aproveitou lançamento de Anselmo Ramon e arrematou de primeira, para anotar um belo gol e levar a torcida celeste à loucura no Independência. A situação da Raposa só não ficou tranquila no jogo, porque Sandro Silva foi expulso deixando os visitantes com um jogador a menos.
Irreconhecível nos 45 minutos finais, o Bahia pouco ameaçou. Somente após a expulsão de Sandro de Silva é que o técnico Jorginho pediu que seus jogadores atacassem o Cruzeiro em busca ao menos do empate. Porém, quem chegou ao gol foi novamente a Raposa com William Magrão em toque por cobertura já no finalzinho do jogo.