O Cruzeiro venceu o Vasco na noite desta quinta-feira pelo placar de 3 a 1 e recuperou a vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Mesmo jogando em São Januário, o time mineiro dominou as ações durante todo o tempo, até porque teve vantagem numérica, terminando a partida com onze contra nove. Com 26 pontos, a equipe carioca espera pelo fim da rodada, no sábado, para saber se mantém a 14ª posição.
Precisando vencer para não perder os líderes de vista, o Cruzeiro começou a partida mais ofensivo, mesmo jogando fora de casa. O primeiro susto que a torcida vascaína teve foi com seu próprio goleiro, quando Tiago rebateu mal um chute de Fernandinho e deu a sorte de o rebote ficar para a sua zaga.
O Vasco não se intimidou com a iniciativa celeste e também partiu para o ataque. O time carioca não conseguia criar chances contundentes de gol, mas tinha presença no ataque e obtinha escanteios para cruzar bolas na área. Desta forma, a partida seguiu equilibrada.
A partida começou a pender a favor da Raposa por volta dos 20 minutos. Wagner Diniz, um dos destaques do Vasco, se contundiu e deu lugar a Marquinho. Pouco depois, Jonílson cometeu volta violenta sobre Ramires, quando este partia para a área, e recebeu o cartão vermelho direito.
Logo na cobrança da falta que originou a expulsão de Jonílson, Mateus, que estava na barreira, meteu a mão na bola e o árbitro marcou pênalti. Guilherme bateu firme e rasteiro, no canto direito de Tiago, que pulou para o outro lado. Aos 29 minutos do primeiro tempo, o Cruzeiro abria o placar.
O gol levou o Vasco a procurar o empate de toda forma, com pouca organização tática. A equipe até conseguiu presença ofensiva, mas o efeito colateral foi mais forte. No primeiro contra-ataque, o time visitante ampliou. Jajá recebeu pela esquerda e lançou Ramires com precisão. O volante cortou o goleiro e rolou para o gol vazio, aos 35 minutos.
A torcida carioca se irritou bastante com o segundo gol sofrido e passou a vaiar. Em campo, os jogadores vascaínos se desestabilizaram, facilitando o trabalho dos celestes. O primeiro tempo só não terminou em 3 a 0 porque, já nos acréscimos, Tiago fez bela defesa quando Guilherme bateu da entrada da área absolutamente livre.
No intervalo, Tita tentou recompor a marcação, colocando André e Serginho nos lugares de Edu e Alex Teixeira, deslocando Madson para a lateral esquerda. Mesmo assim, continuou pior na partida, já que o Cruzeiro voltou para o segundo tempo com boa marcação, impossibilitando o Vasco de jogar.
Com a bola, o time mineiro trocava passes e valorizava o tempo. Neste ritmo lento, quase conseguiu o terceiro gol quando Jajá passou na marra pelo zagueiro, invadiu a área e bateu para fora, rente à trave. Pouco depois, Eduardo Luiz evitou um provável tento celeste ao cortar um cruzamento de Guilherme para Camilo, que estava livre na cara do gol.
Aos poucos, o Cruzeiro foi se acomodando na partida e acabou sofrendo o gol por isto. Aos 25 minutos, Madson cobrou falta para a área. André desviou da cabeça e tirou a bola do alcance do goleiro Fábio, descontando o marcador. O gol entusiasmou a torcida e o time do Vasco, que partiu para cima.
Mais uma vez, a ofensividade irresponsável fez o Gigante da Colina pagar caro. Aos 28, Fernandinho lançou a bola do campo de defesa do Cruzeiro e achou Guilherme livre na cara do gol. O atacante tentou cortar Tiago e foi derrubado, causando o pênalti e a expulsão do goleiro. Com três alterações já feitas, o time da casa entregou as luvas a Edmundo, que nem esboçou reação à cobrança de Guilherme, que marcou mais um.
A partir daí, não havia mais possibilidade de reação e o objetivo vascaíno passou a ser evitar os chutes a gol. O “goleiro artilheiro” só foi acionado duas vezes: a primeira numa saída de gol, meio confusa; a segunda foi no último lance da partida, quando ele defendeu firme uma cabeçada fraca de Thiago Martinelli.
Como haverá rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo, Vasco e Cruzeiro só voltam a jogar no outro domingo, dia 14. A equipe cruz-maltina receberá o Náutico. O time celeste também jogará em casa, diante do Palmeiras.