Principal reforço do Santos para a partida deste domingo contra o Cruzeiro, na Vila Belmiro, o volante Rodrigo Souto, liberado pela Fifa após ser suspenso por dois anos por uso de doping, foi, ao lado do artilheiro Kléber Pereira, o principal destaque da vitória alvinegra sobre a Raposa por 2 a 0.
Sem jogar desde a derrota por 3 a 0 para o Figueirense, em 16 de julho, o jogador recebeu como presente do técnico Márcio Fernandes a faixa de capitão da equipe, antes trajada ou por Fábio Costa ou por Kléber, ambos entregues ao departamento médico.
O camisa oito não decepcionou a confiança do treinador e foi um leão em campo. Além de dar ao meio-campo a tranqüilidade que vinha faltando ao time, Souto participou diretamente do gol que abriu o caminho da vitória, ao enxergar Michael livre pela direita e ver o ex-palmeirense cruzar na medida para Kléber Pereira marcar o primeiro gol do jogo.
O matador santista voltou a balançar as redes na etapa final, desta vez ao receber passe milimétrico do colombiano Molina, que acabara de entrar em campo no lugar do ex-palmeirense Michael, que saiu contundido.
O Santos volta a campo no domingo, para encarar o São Paulo, no Morumbi, às 16 horas. No mesmo dia, só que um pouco mais tarde, às 18h10, o Cruzeiro terá pela frente o ascendente Coritiba, no Mineirão.
O jogo: A velocidade foi a tônica dos 45 minutos iniciais do duelo entre o vice-líder e o vice-lanterna do Brasileirão. Protegido pelas presenças de Roberto Brum e Bida, Rodrigo Souto atuou com liberdade, encostando em Michael e auxiliando na armação das jogadas ofensivas do Peixe.
Foi dessa forma que fez boa trama com Wendel e serviu para o ex-palmeirense cruzar na medida para Nelson Cuevas, outra novidade santista no jogo, bater de primeira e por pouco não marcar um golaço logo aos 11 minutos. O mesmo Cuevas voltou a levar perigo ao receber de Michael e bater cruzado, quando a melhor opção era servir Kléber Pereira, que entrava livre pela direita.
Bem armado por Adilson Batista e apostando apenas nos contra-ataques, o Cruzeiro chegou perto do gol de Douglas somente em duas oportunidades, uma com Wanderley, que adiantou demais a bola, e outra com Guilherme, que chegou a dar lindo corte em Carleto, mas chutou fraco.
Melhor no jogo, o Santos, mais uma vez, foi bem no quesito criação, mas péssimo na conclusão. Depois de criar e desperdiçar ótimas chances com Bida, Cuevas, Carleto e Kléber Pereira, o artilheiro santista, enfim, aliviou o desespero do torcedor aos 42 minutos.
Wendel fez bonita jogada e tocou para Rodrigo Souto, que enxergou Michael livre pela direita. O ex-palmeirense passou em velocidade e cruzou para Kléber Pereira, que só teve o trabalho de mandar para o fundo das redes de Fábio: 1 a 0 e vantagem na descida para o intervalo.
Reencontro: O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com o santista Carlinhos, trocado por Apodi, na lateral esquerda em lugar de Jadílson, e com Bruno no ataque substituindo Wanderley. Piorou e transformou o goleiro Douglas em mero espectador.
O Santos voltou igual, mas com uma recomendação de Márcio Fernandes: “Precisamos acertar o passe final e matar o jogo”. Fabiano Eller, de cabeça, deixou o grito de gol preso na garganta e Wendel, em linda arrancada pelo meio, tirou tinta da trave, mas Kléber Pereira, sempre ele, apareceu mais uma vez para matar o jogo, como pediu Márcio Fernandes.
O camisa nove recebeu passe milimétrico do colombiano Molina, que acabara de substituir Michael e, com categoria, bateu o goleiro Fábio, marcando o segundo gol e garantindo o reencontro santista com a vitória após cinco rodadas de jejum.