O domingo foi de festa para a torcida do Cruzeiro, que comemorou o título de tetracampeão Brasileiro ao lado dos jogadores. Campeão antecipado, a Raposa promoveu um verdadeiro carnaval em BH. Os jogadores chegaram ao Mineirão em cima de um trio elétrico seguido por milhares de torcedores para encerrar o campeonato e receber a taça de campeão em jogo contra o Fluminense.
Dentro de campo, mesmo em clima de festa, o Cruzeiro dominou as ações durante praticamente todo o tempo, e terminou com mais uma vitória 2 a 1, de virada, corando a campanha celeste, que liderou a competição nacional desde a 6º rodada, praticamente sem ser ameaçado pela concorrência. Fred marcou para o Fluminense e Nilton e Marcelo Moreno, em um belo gol garantiu o triunfo.
O Cruzeiro encerrou o Campeonato Brasileiro com incríveis 80 pontos. Já o Fluminense, coadjuvante de luxo na festa cruzeirense ficou com 61 pontos, e quase perdeu a chance de entrar diretamente nas oitavas de final da Copa do Brasil do ano que vem, fechando o campeonato em sexto lugar. Como o Atlético-MG, que terminou em quinto, já tem vaga nas oitavas da Copa do Brasil por estar na Libertadores, os cariocas conseguem acesso direto.
Após a festa pelo tetracampeonato Brasileiro, os jogadores do Cruzeiro entram em merecidas férias, mas a diretoria segue trabalhando para manter um elenco forte, priorizando a Libertadores no primeiro semestre. Já o Fluminense, que ficou sem a vaga na principal competição de clubes das Américas terá pela frente o Campeonato Carioca e a Copa do Brasil.
O jogo – Contando com a casa cheia para curtir a festa do título celeste, os jogadores da Raposa iniciaram o duelo contra o Fluminense pressionando os cariocas em busca do gol. Cauteloso, o Tricolor procurou conter o ímpeto dos mineiros nos primeiros minutos, compactando as linhas de marcação e procurando os contra-ataques.
A estratégia armada por Cristóvão Borges surtiu efeito no início do jogo, mas os visitantes contaram com uma ajudinha da sorte já que o Cruzeiro conseguiu envolver os defensores do Fluminense em algumas ocasiões, mas falharam na hora do passe final, desperdiçando boas oportunidades. O boliviano Marcelo Moreno entrou em campo ainda sonhando com a artilharia, e para conseguir o objetivo arriscou alguns arremates de longa de distância com perigo.
Com o passar do tempo, o Cruzeiro diminuiu um pouco ritmo, mas seguiu com o controle da posse de bola e criando mais chances que o Fluminense. Aos 14, Willian lançou Ricardo Goulart, que saiu na cara de Diego Cavalieri, que fez grande defesa evitando a abertura do marcador no Mineirão.
Errando muitos passes e com dificuldades na saída de bola, o Tricolor não deu muito trabalho para os defensores da Raposa. Aos 21, nova chance para o Cruzeiro, Mayke que chegou bem à linha de fundo e cruzou com perfeição para Ricardo Goulart, que furou na hora de completar para as redes. O lance serviu ao menos para agitar ainda mais a torcida no Gigante da Pampulha.
Melhor no jogo, o Cruzeiro seguiu aproveitando as falhas do Fluminense e aos 24, novamente Ricardo Goulart ficou livre para marcar, mas Cavalieri trabalhou bem para mandar para escanteio. No primeiro lance de real perigo do Fluminense, Wagner acertou um chute cruzado de rara felicidade, Rafael tentou segurar, a bola bateu no travessão e caiu nos pés de Fred, que completou para as redes, mostrando o faro de gol para abrir os trabalhos no Gigante da Pampulha.
O Cruzeiro seguiu melhor na partida, e aos 44, brilhou a estrela de Nilton, que desviou cobrança de escanteio, e de cabeça, enlouqueceu a torcida cruzeirense nas cadeiras do Mineirão empatando o jogo. Na volta para a etapa final, os donos da casa seguiram com as rédeas da partida, e abusando das jogadas aéreas levando bastante perigo.
Aos quatro minutos, Marcelo Moreno chegou a balançar as redes com uma bela cabeçada, mas a jogada já estava parada, com o lance invalidado. Em comparação com a primeira etapa, a equipe de Cristóvão Borges melhorou muito, dando mais trabalho para o Cruzeiro, que aparentemente demonstrou cansaço, ou simplesmente relaxou pelo fato de já ser campeão.
Com isso, o confronto passou a apresentar um cenário com um pouco mais de equilíbrio, até que aos 14, o boliviano Marcelo Moreno resolveu dar show, com um belíssimo voleio, no melhor estilo Bebeto, levando à loucura os cerca de 50 mil torcedores que marcaram presença no Mineirão. O gol foi tão bonito que até ofuscou o ótimo cruzamento de Mayke.
Após passar à frente no marcador, o Cruzeiro claramente passou a administrar o resultado para fechar o Brasileiro entrando para a história como o clube que mais somou pontos na era dos pontos corridos. Com o apito final, mais festa da Raposa que recebeu a taça e deu volta olímpica no Gigante da Pampulha completamente lotado.