Tensão. Essa é a palavra que melhor pode definir a partida entre Cruzeiro e Atlético-PR, na tarde deste domingo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG). E o empate por 1 a 1, com gol de Marcinho para os visitantes e de Charles para os donos da casa acabou aumentando ainda mais a indefinição das duas equipes no Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, os mineiros se mantém fora da zona de rebaixamento do torneio, com 39 pontos conquistados, um à frente do próprio Furacão e do Ceará.
Na próxima rodada, a penúltima da competição, os celestes encaram mais uma dura batalha contra o descenso: diante do Vozão, no Presidente Vargas.
Enquanto isso, os paranaenses têm um confronto teoricamente mais tranquilo, pois encaram o América-MG, já rebaixado com os placares do último sábado, na Arena do Jacaré.
O Jogo – Dominada pela tensão envolvendo a situação das duas equipes, a partida começou sem muitas ocasiões de gol, com os times mais preocupados em se estudar e manter o placar, evitando qualquer possibilidade de desespero. Assim, o primeiro bom lance foi sair apenas aos 16 minutos.
Wendel desceu pela direita e cruzou para Paulo Baier cabecear com perigo. Na resposta, Montillo acionou Anselmo Ramon na área e o atacante bateu de primeira, para fora. Mas o Furacão tinha descoberto uma avenida pela direita, e foi lá que calou a Arena do Jacaré.
Diego Renan foi tentar cortar e furou feio. A bola sobrou para Wendel, que chegou na linha de fundo e cruzou para Marcinho, livre, pegar de primeira e marcar um belo gol para os visitantes, aos 25 minutos da primeira etapa.
O tento pareceu acordar os celestes, que quase empataram com Welington Paulista, aos 27, após bom giro. O avante, no entanto, parou em boa defesa de Renan Rocha. O arqueiro, porém, vacilou 15 minutos depois.
O mesmo Welington lançou bola na área e Wendel cabeceou para cima, sem afastar o perigo. Aproveitando a indecisão dele e de Renan, Charles se meteu no meio dos dois e, de cabeça, conseguiu o suado empate.
Na etapa final, mais tensão, e poucas chances. O Furacão era quem mais ameaçava nos contra-ataques, mas a comodidade de manter as chances de se salvar da queda com o empate, impediu qualquer pressão.
Um erro de arbitragem ainda marcou o encerramento do embate. Aos 38, Paulo Baier recebeu livre na frente e tocou por cima de Fábio, mas o auxiliar marcou impedimento, inexistente. Deu tempo também de Fábio, em chutes de Adailton e Branquinho, praticar verdadeiros milagres. Final, empate em 1 a 1 e mais emoção reservada para as rodadas finais.