domingo, 15/dezembro/2024
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Corinthians vira, tira liderança e invencibilidade do Palmeiras

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Catorze rodadas depois, enfim caiu o último invicto do Campeonato Paulista. Na tarde deste domingo, o Corinthians derrotou o até então líder Palmeiras de virada por 2 a 1, no Pacaembu. O time alviverde saiu à frente no placar com gol de Marcos Assunção, mas sucumbiu no segundo tempo em dois tentos relâmpagos de Paulinho e Márcio Araújo (contra) após faltas levantadas por Jorge Henrique na área. Assim, o último resultado positivo do Verdão no Derby, jogando no estádio municipal, continua sendo pela edição de 1995 do Campeonato Brasileiro.

A vitória leva a equipe de Tite a 34 pontos, dois a mais do que os comandados de Luiz Felipe Scolari, contudo não necessariamente garante a liderança da competição, pois o São Paulo, que entrou na rodada na segunda colocação (31 pontos), ainda vai a campo neste domingo, diante do Mirassol e pode ultrapassá-lo nos critérios de desempate em caso de triunfo no interior.

O resultado também impede o Palmeiras de igualar sequência de 23 jogos de invencibilidade, entre os anos de 1997 e 1998, também sob comando de Felipão. O time atual não era batido desde novembro passado, quando perdeu para o Coritiba, em jogo do Campeonato Brasileiro. Seu próximo desafiante será o Paulista, na quarta-feira, em Jundiaí – no mesmo dia, o Corinthians recebe o XV de Piracicaba.

Neste domingo, o time alviverde fazia homenagem ao humorista Chico Anysio, morto aos 80 anos na sexta-feira em virtude de falência múltipla dos órgãos causada por infecção pulmonar. Todos os atletas carregavam nas costas da camisa nomes de personagens do comediante. Assunção, por exemplo, era o Professor Raimundo.

Bastou menos de um minuto para ele lembrar Julio Cesar de suas lições de pontaria. Em falta cobrada da intermediária, todo o ataque do Palmeiras se posicionava para uma bola alçada, mas o volante bateu direto para a meta e obrigou o goleiro, contra o sol, a espalmar para escanteio. Pouco depois, Barcos recebeu sozinho dentro da área e cabeceou torto, ao contrário do que manda a cartilha de artilheiro.

Assunção então resolveu aos 11 minutos experimentar pela primeira vez de fora da área com a bola rolando e a colocou à esquerda do gol, mesmo assim com mais perigo do que um chute de Jorge Henrique por cima da meta de Deola. Como se não soubesse da qualidade do volante, a defesa corintiana deu espaço de novo aos 17 minutos, ele arriscou outro arremate à distância e contou com desvio nas costas de Leandro Castán para enganar Julio Cesar e inaugurar o marcador.

Atrás no placar e sem oferecer risco ao adversário, o ataque da casa chamou atenção apenas na metade da primeira etapa, só que mais uma vez de forma negativa: acionado em condição de impedimento na grande área, Liedson levantou demais o pé e acertou o peito de Deola já com o lance invalidado pelo assistente. Imediatamente o zagueiro Henrique partiu para cima do camisa 9 alvinegro, e deu-se início a um tumulto entre os jogadores das duas equipes, o qual só foi apartado pela arbitragem depois de alguns minutos.

Outro momento de tensão ocorreu entre Chicão e Barcos. O defensor entrou duro no argentino do Palmeiras e recebeu o segundo cartão amarelo do Corinthians – o primeiro havia sido para Liedson, na jogada com Deola. Antes disso, Valdívia desperdiçou oportunidade de ampliar a vantagem ao receber passe em profundidade justamente de Barcos. O meia chileno invadiu a área em velocidade e perdeu o ângulo ideal de chute ao deixar Julio Cesar caído no chão.

No retorno do intervalo, a bola parada, arma tão bem explorada por Assunção no Palmeiras, virou completamente o cenário. Aos três minutos, Paulinho aproveitou sobra de falta cobrada por Jorge Henrique da ponta direita e empurrou para a rede. O empate acendeu a equipe da casa, que, empurrada pela torcida, chegou ao segundo gol três minutos mais tarde: após outra falta levantada por Jorge Henrique, a bola tocou no palmeirense Márcio Araújo e foi parar na rede.

A impressão é de que o Corinthians tinha condições de não somente aumentar o placar como construir uma goleada. Emerson cresceu no jogo e passou a entortar a defesa palmeirense principalmente pelo lado esquerdo do campo. Em uma das jogadas pela linha de fundo, ele atrasou para Jorge Henrique chutar em cima da retaguarda, com Deola já vencido. Outra boa chance foi com Edenílson, que limpou a marcação à frente da área, bateu colocado no ângulo esquerdo e viu Deola operar um milagre. Só que o Palmeiras voltou a equilibrar as ações, dominou a posse de bola no final e até teve chance de empatar, porém não confirmou seu status de melhor ataque do campeonato e acabou derrotado diante de pouco mais de 29 mil pagantes.

 

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