Com apenas 18 anos, Boquita começa a ganhar moral junto à torcida corintiana. O jovem meia-atacante revelado nas categorias de base do Parque São Jorge definiu a vitória do Timão nesta quarta-feira contra o Mogi com um gol aos 39 minutos do segundo tempo e abriu caminho para a suada vitória por 2 a 0, que manteve o Alvinegro na vice-liderança do Campeonato Paulista até o final desta sétima rodada.
Boquita entrou no segundo tempo de jogo aos 36 minutos do segundo tempo no lugar de Jorge Henrique, que sentiu dores no tornozelo, e pouco demorou para desencantar em uma jogada típica da raça corintiana: Lulinha escorregou na linha de fundo, Elias rolou para trás do jeito que pôde e a bola sobrou para o jovem promissor do Alvinegro chutar forte, cruzado, para as redes do goleiro Fabiano Heves.
Se o ataque titular do Corinthians foi pouco eficaz e precisou ser salvo por Boquita, A defesa do Timão, entretanto, não decepcionou. Com o argentino Sergio Escudero atuando na lateral esquerda e André Santos no meio-de-campo, o estreante mostrou solidez na defesa em sua primeira partida com a camisa alvinegra e no geral não comprometeu a dupla defensiva Chicão e William
Aos 45 minutos, o Timão sacramentou o triunfo com um pênalti do lateral-esquerdo Zé Rodolpho sobre Lulinha. Na cobrança, mesmo desequilibrado por causa de um escorregão, o artilheiro Chicão definiu o resultado positivo da equipe no Pacaembu.
Apesar da vitória, o Timão não conseguiu melhorar de posição na tabela do Estadual. O time de Mano Menezes chegou aos 17 pontos em sete jogos, mas seguiu atrás do líder Palmeiras, que bateu o Mirassol também nesta quarta por 3 a 2 e atingiu os 18, com seis partidas disputadas. O Mogi, estacionado nos quatro pontos, ocupa o 18º lugar na zona de rebaixamento.
O vice-líder do Paulistão entra a campo novamente no próximo domingo para fazer o clássico da oitava rodada com o São Paulo, no Morumbi, às 16 horas (de Brasília). O Mogi Mirim tem compromisso no mesmo dia, novamente longe do Estádio João Paulo II: encara o Marília no Abreuzão logo pela manhã, às 11 horas.
O jogo: Desde o início do jogo o Corinthians mostrou muito mais disposição ofensiva em campo e pressionou o Mogi. Já o clube interiorano teve suas chances de mais perigo originadas graças ao experiente meia Giovanni.
E o ídolo santista da década de 1990 foi quem criou o primeiro lance de perigo da partida logo no segundo minuto. Em uma falha de posicionamento de Escudero ao disputar uma bola no alto, a bola sobrou para Giovanni, que enfiou a bola na área para Vavá. O atacante dividiu com o goleiro Felipe e acabou ganhando o escanteio.
Escudero, contudo, não demorou para se recuperar do erro. Aos sete, o argentino tocou para Jorge Henrique na área e o atacante, por sua vez, rolou atrás para Morais. O meia bateu baixo e o goleiro Fabiano Heves fez a defesa, espalmando para a linha de fundo.
Um minuto depois, André Santos fez fila na defesa do Mogi, invadiu a área e bateu de direita, mas acabou acertando a barriga de Jorge Henrique. O Timão seguiu pressionando e, aos 15, teve outra boa chance: Souza enfiou para Morais em profundidade na grande área, mas o camisa 11 chutou em cima do goleiro rival em vez de tentar o toque por cima.
Apesar da pressão alvinegra no Pacaembu, o Mogi voltou a levar perigo ao Corinthians aos 19 minutos. Giovanni cobrou falta da intermediária e buscou o canto direito de Felipe, que precisou se esticar para espalmar para escanteio e evitar o gol do veterano meia.
Antes de o jogo esfriar na segunda metade do escanteio, o Timão teve mais uma oportunidade ofensiva pela direita. Diogo buscou a linha de fundo e cruzou para a pequena área, onde encontrou o baixinho Jorge Henrique. Apesar do 1,69m de altura, o atacante corintiano se posicionou bem para cabecear, mas a finalização foi defendida pelo também bem colocado Fabiano Heves.
Na metade final do primeiro tempo a qualidade do jogou caiu e poucas chances de perigo chamaram a atenção no Pacaembu. A mais notada delas foi originada pelo zagueiro Chicão, que arriscou de fora da área e a bola passou rente à trave do goleiro do Mogi.
Mais pressão e velocidade: Com Otacílio Neto no lugar de Souza, o Corinthians conseguiu incomodar o Mogi Mirim logo no primeiro minuto do segundo tempo. André Santos cobrou falta na área e Escudero, de 1,90m, precisou se abaixar para cabecear, mas mandou por cima. Um minuto depois, Jorge Henrique puxou contra-ataque e chutou cruzado, levando muito perigo a Heves.
Com um time muito mais veloz, o Corinthians seguiu forte no ataque. A terceira vez em que a torcida alvinegra se levantou no segundo tempo veio ainda com cinco minutos de segundo tempo: Elias, de fora da área, arriscou de fora da área e mais uma vez assustou ao arqueiro do time interiorano.
Já aos nove foi a vez de Jorge Henrique perder um gol incrível: após bate-rebate na pequena área do Mogi, o atacante camisa 23 teve a chance de marcar, mas acabou errando o gol e chutando ao lado.
Só que, mais uma vez, o Corinthians caiu de produção. Sem conseguir mais criar e nem levar perigo ao gol de Fabiano Heves, o Timão errou finalização atrás de finalização e tirou a paciência da torcida no Pacaembu. O Alvinegro do Parque São Jorge ainda foi penalizado com o cartão amarelo de Otacílio Neto, agora terá de cumprir suspensão no clássico de domingo contra o Tricolor.
Mas a raça corintiana salvou a equipe de Mano Menezes e inflamou a Fiel aos 39 minutos do segundo tempo. Lulinha, após realizar jogada pela direita, escorregou e deixou a bola para Elias. O volante dividiu com a zaga do Sapão e a bola sobrou para Boquita, livre, mandar para as redes.
O segundo gol do Timão saiu aos 45 minutos do segundo tempo, de pênalti. Lulinha partiu em contra-ataque até ser derrubado pelo lateral-esquerdo Zé Rodolpho. Na cobrança, Chicão chegou a escorregar, mas chutou firme, no canto direito alto de Heves e deu número finais ao jogo.