O Corinthians sofreu para jogar nos primeiros 45 minutos, mas foi o senhor do jogo na etapa final e conseguiu uma importante vitória na tarde deste sábado, por 2 a 0 sobre a Chapecoense, na Arena Condá, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols do triunfo, o quarto consecutivo da equipe pela competição (somado a Santa Cruz, América-MG e Flamengo), foram marcados por Rodriguinho e Marquinhos Gabriel, esse já nos acréscimos.
Com o resultado, os alvinegros alcançam os 28 pontos conquistados, mesmo número do líder Palmeiras, que entra em campo apenas na terça-feira, contra o Santos, no Palestra Itália. O arquirrival ainda lidera, no entanto, por conta do melhor saldo de gols (16 a 14). A Chape, por sua vez, estaciona nos 18 pontos, no meio da tabela.
Na próxima rodada, os comandados de Cristóvão Borges terão pela frente o clássico contra o São Paulo, às 16h (de Brasília) do próximo domingo, no estádio de Itaquera. Os alviverdes, por sua vez, têm um duelo regional com o Figueirense, nos mesmos dia e horário, no Orlando Scarpelli.
Jogo ruim, arbitragem no mesmo nível
O duelo em Chapecó mostrou muita dificuldade dos dois times em conseguir criar lances, principalmente pela forte marcação dos dois lados. O único armador de ofício entre os 22 atletas em campo era Giovanni Augusto, que não conseguiu dar prosseguimento nas ações ofensivas do Alvinegro. Para piorar, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro parou o jogo insistentemente, sempre demorando a autorizar cobranças de falta e até interrompendo o embate por cinco minutos para tirar a faixa “CBF da corrupção do meio da torcida do Corinthians.
A primeira chance de gol foi dos donos da casa. Aos 17 minutos de bola rolando, Gil ganhou a jogada pelo lado esquerdo e cruzou rasteiro na primeira trave. Ananias se antecipou ao garoto Pedro Henrique e bateu com o pé esquerdo, exigindo boa defesa de Cássio. Depois, em novo lance pela esquerda, Ananias novamente ganhou de Pedro e cruzou para Bruno Rangel. O centroavante, na marca do pênalti, subiu sem ser incomodado por Uendel, mas mandou para fora.
Sem conseguir criar e vendo o adversário criar certo perigo, o Timão resolveu ficar mais com a bola e parou de esticar o jogo para Luciano e Romero, sempre em desvantagem. O clube teve uma baixa ainda na etapa inicial quando Pedro Henrique conseguiu o corte em investida de Ananias, mas esticou demais a coxa esquerda. O defensor urrou de dor e logo foi substituído para a entrada de Yago.
Os visitantes reservaram seus melhores lances para o intervalo. No primeiro, Luciano recebeu na intermediária ofensiva e, mesmo muito próximo da bola, arriscou de longe. A bola quicou e o goleiro Marcelo Boeck espalmou para o lado. Romero chegou a tempo de chutar, mas mandou na lateral da rede. Depois, Giovanni Augusto recebeu dentro da área e rolou para o mesmo Luciano, que, mesmo sem ângulo, chutou e jogou pela linha de fundo.
Bronca de Cristóvão faz Timão engrenar
O Corinthians foi para o intervalo já ao som de muitas críticas do técnico Cristóvão Borges, que não gostou dos diversos erros de passe e das dificuldades na armação. O papo quase teve resultado logo de cara, mas foi atrapalhado por outro membro do trio de arbitragem. Uendel cobrou falta pelo lado esquerdo e Balbuena subiu mais alto que a zaga adversária para cabecear no canto direito, sem chances para Marcelo Boeck. O auxiliar Pablo Almeida Costa, no entanto, viu impedimento inexistente do corintiano.
A melhora, no entanto, ficou evidente com o domínio territorial dos paulistas. Sempre com a bola, os alvinegros acabaram ajudados pela falta de esforço ofensivo da Chape, que deu quatro “chutões” seguidos em lances nos quais poderia sair jogando. No último, a bola foi trabalhada pelo Timão da esquerda para a direita até cair nos pés de Giovanni Augusto, na meia-lua ofensiva. O meia, que fazia partida ruim, achou Rodriguinho na linha da grande área. O volante teve calma para limpar a bola com a direita e, de esquerda, tocar no canto esquerdo, sem chances para o goleiro.
Ainda sem ficar plenamente satisfeito, apesar da vantagem no placar, Cristóvão promoveu mais duas mudanças no ataque: saíram Luciano e Giovanni para as entradas de Danilo e Guilherme, com o objetivo de reter com mais facilidade a posse de bola. Mesmo com alguns erros de Rodriguinho na saída de bola, as alterações realmente ajudaram o time e deixaram a Chape bem longe da meta defendida por Cássio.
No fim, ainda deu tempo dos alvinegros ampliarem. Depois de saída de bola arrisca, porém bem executada por Yago, Fagner recebeu pela direita e enxergou a movimentação de Marquinhos Gabriel. O meia se aproveitou da bobeira da zaga adversária e tocou com o pé esquerdo na saída de Boeck, selando o triunfo aos 47 minutos do segundo tempo.