O Corinthians completou no último sábado uma sequência de nove jogos disputados em apenas 28 dias, coroada com uma vitória por 1 a 0 sobre o Santos, no estádio de Itaquera, a segunda dos dois clássicos que teve pela frente. Mesmo com a série difícil, porém, o técnico Fábio Carille descartou dar qualquer descanso para os jogadores na partida da quinta-feira, contra o Luverdense, pela terceira fase da Copa do Brasil, na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Agora diante de um mata-mata, diferentemente das duas primeiras eliminatórias da competição, disputadas em jogo único, o comandante não vê necessidade de usar ainda mais a rotação de jogadores do elenco. Para ele, o fato de ter quatro dias de descanso entre o duelo contra o Peixe e a partida na Arena Pantanal ajuda na recuperação dos jogadores.
“No jogo do Pantanal tem quatro dias de folga, então eu vou com o que tiver de melhor. É sábado para quinta”, afirmou o treinador corintiano, que até o momento escalou o zagueiro Pablo e o volante Gabriel em todos os jogos oficiais que teve na temporada.
O meio-campista, a princípio, espera o julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SP), que será realizado nesta segunda-feira, para saber se terá de cumprir suspensão no final de semana, contra a Ponte Preta, pelo Paulista. Para o torneio nacional, no entanto, ele está liberado e deve seguir atuando sem descanso.
“Temos nome como o Pablo, que está indo para o décimo jogo seguido, então tem que ter alguns cuidados. Contra a Ponte que a gente deve pensar em alguma coisa”, comentou o comandante, que, com os 18 pontos conquistados nas sete primeiras rodadas, ganhou um descanso na briga para passar à próxima fase.
O desafio, desse jeito, será passar pelo time mato-grossense e assegurar posto na quarta fase da Copa do Brasil, última antes da entrada dos times que disputam a Libertadores. Para isso, Carille conta com o entrosamento dos meias Jadson e Rodriguinho, que mais uma vez devem atuar lado a lado.
O camisa 77, por sinal, foi outro que chamou atenção no ponto de vista físico. Tido como um nome para atuar por apenas 70 minutos frente ao Santos, ele completou a partida e deu a oportunidade ao técnico de trocar os atletas mais cansados em campo.
“Fiquei animado, mas já tenho uma certa experiência de que não é no primeiro jogo que pesa, é mais na sequência. Primeiro, segundo você suporta e vai sentir lá na frente”, ressaltou Carille, que não quer correr o risco de, assim como fez na sofrida classificação frente ao Brusque, jogar sem um armador.
“Em Brusque jogamos sem meia, Giovanni voltando, Jadson buscando forma, Rodriguinho machucado e a gente sofreu. Eu sempre vou tentar ter dois meias jogando, são jogadores que direcionam o jogo, a bola passa e eles têm a paciência de achar o melhor passe”, concluiu.