Uma chuva de gols caiu no Pacaembu na noite deste sábado. Com o gramado molhado pela água derramada antes da partida, o Corinthians goleou o Coritiba por 5 a 1 e chegou a 101 tentos na temporada, incluindo dois anotados em amistoso. Chicão, Fábio Santos, Paulinho (duas vezes) e Guerrero balançaram a rede. Pelo adversário, quem descontou foi Deivid.
Apenas em preparação para a disputa do Mundial de Clubes, a equipe comandada pelo técnico Tite chega a 53 pontos e já se vê na sexta colocação do Campeonato Brasileiro. O Coritiba, apesar da derrota expressiva, segue com 45 e também não sofre mais com a ameaça do rebaixamento.
A próxima rodada leva o Corinthians a Porto Alegre, no sábado, para enfrentar o Internacional, no Beira Rio. Um dia antes, o Coritiba joga no Couto Pereira, contra o Vasco.
O time paulista tinha novidade neste sábado. Ainda sem Emerson, contundido, o destaque foi o retorno do peruano Guerrero após suspensão, enquanto o argentino Martínez, que recentemente cobrou chance como titular, ganhou a vaga de Romarinho. Danilo, mesmo recuperado de corte no tornozelo, começou no banco de reservas.
No Coritiba, a única ausência para o técnico Marquinhos Santos foi a do volante Gil, que recebeu o terceiro cartão amarelo, cumpriu suspensão automática e, em vez de Júnior Urso ou Chico, como se imaginava, quem assumiu a posição foi Vinícius. A alteração colocou a equipe um pouco mais à frente do que de costume.
Choveu muito no Pacaembu nas horas que antecederam o jogo, mas a quantidade de água foi diminuindo na medida em que se aproximava o começo da partida. Apesar da trégua, o gramado ficou escorregadio, como se viu no trabalho de aquecimento dos goleiros e também em algumas quedas dos jogadores no começo da partida.
Com o campo molhado, a bola ganhou velocidade. E foi rapidamente que o placar foi inaugurado. Aos três minutos, Guerrero invadiu a área e caiu após cerco de Denis. O árbitro assinalou pênalti com algum atraso e foi rodeado pelos jogadores do Coritiba, mas prevaleceu a marcação. Chicão foi para a batida e acertou o canto direito baixo do goleiro Vanderlei, que se esticou, mas não evitou o gol.
Apesar do golpe, o Coritiba não se desestabilizou e partiu para cima em busca do empate. Só que o Corinthians, bem postado atrás, chegou ao segundo gol primeiramente. Aos 18 minutos, Fábio Santos pegou sobra de escanteio e experimentou arremate de fora da área. A bola desviou em Escudero e saiu do alcance de Vanderlei.
Mortal, a equipe da casa fez o terceiro gol dois minutos depois. Em troca de passes envolvente, a bola chegou até Paulinho, no bico direito da área. O volante tentou o cruzamento para o meio da área e contou com desvio de Escudero – novamente ele – para enganar o goleiro do Coritiba e acompanhar lentamente a rede ser balançada.
Com a boa vantagem, os mandantes diminuíram um pouco o ritmo e, mais encolhidos, permitiram a equipe rival se manter no ataque novamente. O castigo veio aos 31 minutos, quando Deivid, livre de marcação, aproveitou cruzamento rasteiro vindo da direita e apenas tocou para o fundo do gol, sem chance de reação para o goleiro Cássio.
Dez minutos depois, o Coritiba chegou com perigo em outra bola alçada à área, quando Denis cobrou falta pelo alto, mas o assistente apontou impedimento do ataque. O Corinthians, por sua vez, desceu para o vestiário lamentando bola de Martínez na trave direita, após escanteio cobrado por Douglas.
No retorno do intervalo, o técnico do Coritiba sacou Denis e Vinícius e colocou Pereira e o peruano Ruidiaz na tentativa de deixar a capital paulista com empate. Mas, ao contrário, sua equipe voltaria para a capital paraense goleada. O quarto saiu aos 19 minutos. Após rápida troca de passes, Danilo, que havia acabado de entrar, levantou bola na cabeça de Guerrero, que não perdoou e deixou o seu.
Quatro minutos depois, Douglas bateu escanteio com perfeição pelo lado direito, e Paulinho subiu sozinho para anotar o quinto gol corintiano. A partir daí, os mais de 22 mil pagantes presentes passaram a gritar "olé" a cada passe da equipe alvinegra. A torcida coxa-branca, por sua vez, deixou as dependências do Pacaembu bem mais cedo, muito antes do apito final do árbitro, sem ver ainda a expulsão do zagueiro Pereira, que facilitou mais o controle de jogo corintiano.