O Corinthians continua imbatível no segundo turno da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o título assegurado, os comandados por Mano Menezes derrotaram o Vila Nova por 3 a 1 (gols de Herrera [2] e Alessandro; Pedro Júnior descontou) neste sábado, no Pacaembu. A equipe goiana havia vencido a paulista em 9 de agosto, por 2 a 1.
O resultado garante o Santo André de Marcelinho Carioca como o terceiro clube classificado a disputar a Primeira Divisão em 2009, depois do Avaí e do próprio Corinthians. Totalizando 55 pontos, o Vila Nova disputa a última vaga entre os quatro primeiros colocados. O favorito a conseguir o acesso, porém, é o Barueri.
Já o Corinthians, mesmo demonstrando maior preocupação com a próxima temporada do que com o restante da atual, alcançou a marca de 82 pontos na Série B, com o impressionante desempenho de 24 vitórias, 10 empates e somente duas derrotas. Na penúltima rodada, receberá o Avaí no sábado. O Vila Nova visitará o Brasiliense no mesmo dia.
O jogo – Substituto do atacante Dentinho, companheiro de quarto nas concentrações do Corinthians e com quem foi promovido aos profissionais, o meia Lulinha ergueu as mãos para os céus e fechou os olhos antes do início da partida. A prece não adiantou. Ele perdeu a bola por duas vezes seguidas e começou a ser perseguido pela torcida.
À exceção das vaias a Lulinha, porém, o clima era festivo na primeira apresentação do Corinthians no Pacaembu após a conquista da Série B. Os 15 minutos iniciais foram jogados ao som de “o Coringão voltou”. Como o futebol da equipe em campo não chegava a ser vistoso, havia motivo para os torcedores trocarem o coro por xingamentos ao são-paulino Felipe Massa e exaltação ao corintiano Ayrton Senna.
Faltava justamente velocidade para o Corinthians. O gramado do Pacaembu não foi irrigado antes da partida, como costumeiramente acontece, e prendeu mais a bola. “Mas isso não é desculpa. Estamos mal”, comentou o goleiro Felipe, também pouco exigido no primeiro tempo. A bola quase não chegou ao irreverente artilheiro Túlio Maravilha, do Vila Nova.
Isolado no ataque, Herrera se esforçou para corrigir os erros ofensivos do Corinthians. De acordo com sua característica, o argentino chegou a empolgar o público com desarmes e disposição para avançar à área, mas errou as conclusões a gol. Mais perto de marcar estava o lateral-esquerdo André Santos, que acertou um chute na trave mesmo com o pé direito.
Fechado na defesa, o máximo que o Vila Nova conseguiu foi uma bela bicicleta de Osmar, bem defendida por Felipe. A assistente, no entanto, assinalou impedimento no lance. Para piorar, a equipe goiana havia perdido dois jogadores por contusões antes de meia hora de jogo. Marcel e Alex Oliveira foram substituídos por Fernandinho e Amaral.
Os corintianos finalmente encontraram o que comemorar no intervalo: Bebeto substituiu Lulinha. Com dois atacantes no gramado molhado no intervalo, o Corinthians começou o segundo tempo mais incisivo. Bastaram sete minutos para o resultado aparecer. Morais enfiou a bola para Bebeto, que cruzou rasteiro da direita. Herrera chutou forte, a bola tocou o travessão e entrou: 1 a 0.
A torcida do Corinthians acordou com a equipe. Morais passou a ofuscar Douglas na criação da equipe. Os laterais Alessandro e André Santos tornaram-se boas opções para o ataque. Mais à frente, Herrera e Bebeto serviam de referência com bastante movimentação. O conjunto deixou o Vila Nova acuado no Pacaembu. Túlio Maravilha, por exemplo, era apenas mais um zagueiro na maior parte do tempo.
Túlio resistiu até 24 minutos, quando o técnico Givanildo Oliveira sacou o veterano para a entrada de Bruno, sua última alteração. Mas não havia o que fazer. A tarde era corintiana. Aos 31, Douglas enfiou a bola para Herrera, que tocou na saída de Max para ampliar e ser ovacionado. Alessandro marcou o terceiro gol cinco minutos depois, com assistência de Morais.
A comemoração dos torcedores era tamanha que ninguém se importou com o gol de Pedro Júnior, de pênalti, logo em seguida. Preferiram aplaudir com entusiasmo as substituições de Herrera e Elias por Careca e Perdigão. E gritar “olé” para acompanhar a troca de passes dos campeões da Série B, que antecedeu o apito final.